CNA alerta para erros no ordenamento florestal

CNA alerta para erros no ordenamento florestal

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) transmitiu o seu «pesar» às famílias das vítimas e «solidariedade» aos que continuam a combater as chamas no Centro do País, e apela a «medidas oficiais de excepção».

A CNA alerta para a «floresta industrial altamente comburente», com a predominância do eucalipto e do pinheiro. O eucalipto é, actualmente, a espécie dominante na floresta portuguesaCréditos/ Domínio público

Em comunicado, a confederação de agricultores reclama do Governo o apuramento dos prejuízos provocados pelos incêndios no Centro do País, nomeadamente em «habitações e outros bens pessoais, como oficinas, armazéns, máquinas e alfaias, instalações pecuárias, gados, culturas, vinhas, pomares, olivais, bem como quanto a incapacidade temporária para produzir devido à destruição dos equipamentos e culturas e, ainda, em infra-estruturas colectivas, por exemplo, em estradas e condutas de água pública».

O Executivo deve mobilizar verbas, «incluindo ao nível da União Europeia», para o apoio às famílias das vítimas e às populações afectadas, defende a CNA. A confederação pede medidas «excepcionais» ao Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Regional, e não apenas os apoios «rotineiros» no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (PDR 2020).

Os representantes da agricultura familiar alertam ainda para a «floresta industrial altamente comburente» - com a predominância de espécies como o eucalipto e o pinheiro -, que classificam como «o "pasto" ideal para as chamas incontroláveis logo que os factores climatéricos se proporcionem».

A CNA sublinha ainda a importância de «um correcto ordenamento florestal» e alerta para a «ruína da agricultura familiar, em consequência da Política Agrícola Comum (PAC)», assim como para o baixo preço da madeira na produção, como «determinantes factores» para os incêndios florestais.

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey