Brasil reforça medidas para prevenir gripe suína no País

O governo brasileiro intensificou as ações de vigilância em saúde e controle sanitário nos pontos de entrada no País para prevenir possíveis casos de influenza (gripe) suína no Brasil. No último final de semana, depois do alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS), foi criado o Gabinete Permanente de Emergência, formado por representantes do Ministério da Saúde (MS), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O grupo se reúne todos os dias, em Brasília, para monitorar a situação e indicar as medidas adequadas ao País.


Até agora, nenhum caso da doença em humanos foi registrado no Brasil. Alguns casos de pessoas com suspeita da doença foram afastados e outros aguardam a realização de mais exames. Segundo o diretor da Anvisa, José Agenor Álvares, não há motivo para pânico. “A preocupação é das autoridades sanitárias para que o problema não chegue ao País e para que os casos suspeitos tenham o devido encaminhamento”, disse.


Segundo o MS, desde 2005, o Brasil tem um plano de preparação para o enfrentamento de uma possível pandemia de influenza e conta com uma rede de vigilância para monitorar a circulação de vírus respiratórios. Nos postos da Anvisa há 1.287 fiscais, e, em todo o País, 49 hospitais de referência estão preparados para atender casos como o da gripe suína. As secretarias estaduais de Saúde já estão orientadas para monitorar e detectar casos suspeitos de doenças respiratórias agudas.


Medidas de controle - Desde a noite da última sexta-feira, quando o Brasil recebeu o alerta OMS, os vôos que vêm do México e dos Estados Unidos são monitorados. Em caso de suspeita da doença, um servidor da agência e um médico da Infraero entram na aeronave para examinar o paciente, que pode ser encaminhado para um hospital de referência. Os passageiros das poltronas próximas são monitorados pela agência. Os dados de todos os pacientes constantes da Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA), documento que contém informações relativas à saúde do passageiro, são armazenados pelas companhias aéreas para o caso de ser necessário contato futuro.


Nos aeroportos que recebem voos internacionais, desde domingo são feitos avisos sonoros com informações sobre a doença. A Anvisa também já está distribuindo material educativo. Inicialmente, foram impressos 140 mil folhetos em português, inglês e espanhol e novas publicações continuarão a ser feitas de acordo com a necessidade e com a mudança nas orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Já há autorização para a impressão de um milhão de folhetos.


Entenda a doença - O tipo atual de gripe suína, ao que tudo indica, se tornou transmissível ao homem depois de uma mutação que gerou um novo subtipo do vírus. A transmissão acontece pelo ar ou por contato direto com secreções de pacientes infectados. Os sintomas também são parecidos com os da gripe comum: febre alta repentina acima de 38 graus, acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações. Ainda não existe vacina para a gripe suína, mas há remédios eficazes, que estão sendo usados nos países onde há casos da doença. O consumo de produtos de origem suína, como a carne, por exemplo, não representa risco à saúde das pessoas.


Segundo o Ministério da Saúde, quem esteve nos países afetados nos últimos dez dias e apresentar algum sinal da doença deve procurar a unidade de saúde mais próxima. Quem for viajar para alguma das áreas mais afetadas deve ficar atento às recomendações dos governos locais. A OMS não recomendou restrições de viagens às áreas afetadas nem de entrada de passageiros vindos desses países.

Fonte: Min. Saúde

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey