O Petróleo
O governo do Senhor Rafael Branco decidiu por opção não falar do petróleo. Escolheu falar da Agricultura. O Presidente Fradique de Menezes pede que não se fale da existência do petróleo.
Mas o que se passa afinal, quando ouvimos depois o Senhor Fradique de Menezes dizer que foram gastos cento e tais milhões de dólares provenientes do petróleo, muito rapidamente. Pasmem-se porque o referido Senhor é o Presidente de S.Tomé e Príncipe, e fala dos milhões de dólares, sem precisar, como se tratasse de palha.
A comissão de Fiscalização da Conta do Petróleo, veio falar esta semana da existência nos extractos, de só quinze milhões de dólares dos setenta e sete milhões e seis mil registados ?
Estarão as duas instituições a falarem da mesma conta, ou serão as receitas o somatório das duas verbas e mais alguns que não se fala ?
Se não existe petróleo, como quer deixar transparecer o Presidente, e o assunto não tem importância, como quer fazer crer o Primeiro Ministro, porque persistem então em manterem as várias comissões, pagando fortunas aos funcionários amigos ali colocados?
Opinião
O Presidente e o Primeiro Ministro, têm obrigação e dever moral de explicarem as discrepâncias das contas e as razões objectivas das suas opções nesta matéria.
O petróleo é realidade. Tem a sua importância. Deve fazer parte da opção estratégica de qualquer governo, para além de puder ser utilizado como uma arma de atracção. Expectativas bem geridas, geram riquezas.
Ligação marítma Príncipe S.Tomé
O governo de Taiwan confirmou a sua disponibilidade de ofertar um barco para suprir as carências e dificulidades de ligação entre as Ilhas. Na semana passada veio também o empresário Aurélio Martins manifestar-se disponível para também ofertar um outro barco para o mesmo fim.
Qualquer dos dois ofertantes apontou até o final do ano como data.
O governo regional agradeceu encarecidamente.
Opinião
Os recursos infelizmente são escassos. A melhor atitude que poderia-se esperar do governo regional, conforme manda a sensatez, seria negociar a substituição de um dos barcos pelo melhoramento e a dotação do frágil porto do Príncipe de alguns equipamentos. Não é que não fizesse falta os dois barcos. Nada disto, evita-se sim chegar-se a ter dois barcos, que não podem ir ao Príncipe por falta de infraestruturas adequadas.
É uma questão de gestão de recursos.
Sector Energético
O governo do Senhor Rafael Branco abriu discussão sobre a necessidade da privatização da EMAE Empresa de Águas e Electricidade.
Opinião
A EMAE, e outras empresas públicas funcionarão quando os cargos de direcção deixarem de serem espaços exclusivos para repousos de politicos fracos e de gestores mediocres ao serviço dos ditos politicos .
Não é sensato privatizar a EMAE porque o estado tem obrigações sociais para com milhares de cidadãos que vivem em extrema pobresa, para além desta ser uma empresa/sector estratégico.
Espero que não seja uma manobra administrativa para cumprir possíveis compromissos assumidos com o Italiano a quem se deu a nacionalidade e documentos diplomáticos santomenses em troca de dois geradores, ou outros favores.
Portos de Aguas Profundas
Momento histórico, palavras do Presidente. Mas afinal de quantos momentos históricos precisamos ou vivemos em S.Tomé e Príncipe?
Quando falou-se da Zona franca da baia das agulhas-Príncipe, era um Momento Histórico. Assinou-se o acordo para exploração do petróleo. Momento histórico. Rubricou-se documentos sobre a zona franca do aeroporto de S.Tomé. Momento Histórico. Agora os acordos para o porto, novo Momento Histórico.
Quando chegará o verdadeiro momento histórico, em que veremos os ditos politicos começarem a trabalhar ? Mas trabalhar com determinação e rigor
Tribunal Militar
15 novos juízes, desta vez para o constituído tribunal militar entraram em funções.
Opinião
Estará S.Tomé e Príncipe a preparar-se para julgar os traidores da pátria, ou um ajuste de contas dos falhados casos de golpe de estado, ou outra insubordinação militar.
Acho ser uma estrutura despropositada. Trapalhadas do Rafael Branco e da Elsa Pinto, que não são capazes de compreenderem os tempos. Estamos a falar de um país onde nunca ouve guerra, nem se prevê, ao que saibamos, que o país venha a participar em acções de combate.
O que falta em tudo isto? A cultura de responsabilidades, exigências e do rigor.
Danilo Salvaterra
Agosto 2008
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