Ao ler um dos diários online de S.Tomé e Príncipe, a propósito da visita da Ministra da Defesa ao Quartel das Forças Armadas, vi-me compelido a escrever sobre o papel das Forças Armadas.
Não fui militar, nem pretendo dar lições da matéria aos sabedores. Sou sim defensor da teoria e a arte da guerra como instrumento para as nossas actuações quotidianas, razão suficiente para munir-me e estudar os principais tratados da guerra.
Entendo que a existência de umas Forças Armadas, pressupõem capacidades de reacção ou de ataque em caso de ameaças. É regra corrente na maioria dos Estados existirem umas Forças Armadas como elemento estratégico dissuasor das possíveis ameaças.
Mas afinal S.Tomé e Príncipe necessita ou tem capacidades para ter o que convencionou-se chamar Forças Armadas, o Exército Militar?
Claro que não. É demagogia pensar que sim. Pode ser também falta de coragem ou miopia politica o insistir na manutenção de umas Forças Armadas em S.Tomé e Príncipe.
É de natureza militar a existência de uma forte logistica, envolvendo equipamentos e outros meios necessários para uma acção de combate. Escusado será que as condições reais de S.Tomé e Príncipe, permite-nos abordar com seriedade o tema logistica militar. O Comandante das Forças Armadas durante a visita referido, reconheceu a débil logistica existente.
Hoje a guerra faz-se e ganha-se com tecnologias, relegando para segundo plano a tradicional infanteria, como era referido no artigo do jornal que serviu-me de inspiração.
Vamos à parte práctica. S.Tomé e Príncipe, dada a sua dimensão não constitui ameaça para país algum, nem tem capacidade para reagir a um ataque. Seriamos aniquilidados na primeira acção da guerra. Seria irracional pensarmos que podemos sair vencedor em um confronto, mesmo em pequena escala com com qualquer dos nossos vizinhos.
Assim sendo, só nos resta uma solução, CRIAR OU FACILITAR UMA POLITICA DE BOA VIZINHANÇA.
Perguntarão como então garantir a soberania e integridade territorial ?
A solução passa por reestruturar o exército, abolindo as forças armadas, criando um corpo forte, de Defesa Segurança e Ordem Interna.
O país precisa de ter as suas fronteiras livres de contra bandos, actividade que a ser assegurada por um corpo de intervenção rápido tecnologicamente bem equipado e técnicamente preparado.
Internamente a ordem seria assegurada por uma polícia de élite, não confundir com os actuais ninjas, modernamente preparada e estruturada.
O caminho passa por adaptação às circunstâncias e às condicionantes. Neste caso a dimensão do país incluindo física e humana. Todo o resto são conversas de caserna.
Danilo Salvaterra
Julho 2008
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