Manoel Castanho*
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentou alta no primeiro trimestre do ano e cresceu 5,8% em comparação com o mesmo período do ano passado. Comparado com o trimestre imediatamente anterior, a expansão foi de 0,7%. O total de riquezas produzidas no país nos três primeiros meses de 2008 foi de R$ 665,5 bilhões, sendo R$ 104,8 bilhões em impostos sobre produtos e R$ 560,7 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos. A informação foi divulgada hoje (10) pelo IBGE.
O resultado foi levemente superior à previsão divulgada pelo Banco Central no relatório Focus, que era de 5,66%. O relatório aponta ainda que o crescimento esperado para este ano é de 4,77%.
Setores
A alta se deve, principalmente, ao desempenho da indústria, que cresceu 6,9% em comparação com o primeiro trimestre de 2007. Neste setor, o principal destaque foi a construção civil (alta de 8,8%).
Nos outros dois setores, o de serviços cresceu 5% (destaque para a área de seguros, com 15,2%) enquanto o agropecuário teve uma expansão de 2,5%. Em comparação com o trimestre imediatamente anterior, a indústria teve alta de 1,6%, o setor de serviços cresceu 1,0% e agropecuária registrou uma queda de 3,5%.
Na distribuição do PIB por setores, a agropecuária representa 5,6%, a indústria 27,7% e os serviços 66,7%.
Investimento e Poupança
O aumento dos investimentos puxou para cima o desempenho da indústria. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) aumentou 15,2% em relação ao primeiro trimestre de 2007. A taxa de investimento (valor investido sobre o total do PIB) foi de 18,3% contra 16,7% no mesmo período do ano passado.
A taxa de poupança bruta (poupança sobre o total do PIB) foi de 16,8% no primeiro trimestre de 2008. A taxa é menor do que a de 2007, que havia sido de 17,2%.
O IBGE só compara as taxas de investimentos e poupança com o mesmo período de anos anteriores.
Consumo
O consumo das famílias aumentou 6,6% e teve o 18º mês seguido de crescimento (0,3% sobre o último trimestre de 2007). Já o consumo do governo cresceu 5,8%, sendo 4,5% sobre o último trimestre.
(*) Jornalista do COFECON
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