PSD perde Lisboa

Eleição intercalar para Câmara Municipal de Lisboa demonstra claramente que o povo português está cada vez mais de costas viradas para a política. Candidato do PS, António Costa, venceu com menos que 30% do voto e ficou aquém da maioria absoluta. Ondas de choque no PSD, desastre para a direita. Comunistas e BE mantêm posição.

Foi António Costa, candidato do Partido Socialista, que conseguiu angariar mais votos (57.907, 29,5%) numa eleição com a terceira maior taxa de abstenção de sempre (62,61%). O PS tem 6 vereadores, menos três do número que daria uma maioria absoluta.

Em segundo lugar ficou o candidata independente e ex-Presidente da Câmara, Carmona Rodrigues (32.734 votos, 16,7%, 3 vereadores), seguido por Fernando Negrão (PSD, 15,7%, 3 vereadores, menos cinco do que em 2005). Helena Roseta e a CDU (Partido Comunista Português e Partido Ecológico Os Verdes) elegeram 2 vereadores cada (ficando a volta dos 10 por cento) e o Bloco de Esquerda manteve o lugar de José Sá Fernandes. (6,8%).

Fora da Câmara fica o CDS/PP (desceu de 5,9 para 3,7%). A seguir ficou o PCTP-MRPP (1,59%), PNR (0,77%), PND (0,61%), MPT (0,54%) e PPM (0,38%)

Com este desastre, Paulo Portas, o líder do CDP/PP vai entrar em “reflexão”, antes da convocação de um Conselho Nacional. Marques Mendes, líder do PSD, anunciou que vai antecipar a eleição directa no seu partido para escolher um líder, processo em que confirmou a sua própria presença.

A taxa de abstenção só foi superior em das ocasiões, no verão de 1998, no referendo sobre o aborto (68,11%) e em 1994, nas eleições para o Parlamento europeu (64,46%). Cerca de 196.000 dos 524.248 eleitores inscritos foram votar.

Cristina GARCIA

PRAVDA.Ru

LISBOA

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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