Na passagem de abril para maio, os índices regionais da produção industrial, ajustados sazonalmente, mostram expansão em dez dos quatorze locais pesquisados. Em sete deles, a indústria cresceu em patamar igual ou superior à média nacional, enquanto, em três estados, expandiu menos que o índice nacional. Em maio de 2007, frente ao mesmo mês do ano anterior, os índices regionais apresentam taxas positivas em doze dos quatorze locais pesquisados.
São Paulo (1,3%), maior parque industrial do país, apresentou taxa igual à média nacional (1,3%), ficando acima desta Goiás (6,1%), Ceará e Santa Catarina (ambos com 3,4%), região Nordeste (3,0%), Pará (2,5%) e Bahia (2,2%). As demais taxas positivas foram observadas nos seguintes estados: Espírito Santo (1,2%), Minas Gerais (1,1%) e Pernambuco (0,7%). Os estados com redução na produção são: Rio de Janeiro (-0,2%), Paraná (-0,7%), Rio Grande do Sul (-1,1%) e Amazonas (-2,5%).
Acompanhando o movimento observado na indústria nacional, que avança 0,8% entre os trimestres encerrados em abril e maio, maior incremento desde dezembro de 2005 (1,1%), o índice de média móvel trimestral revela a predominância (doze) de locais que assinalam saldo positivo nessa comparação, com destaque para as indústrias de Minas Gerais (1,8%), Goiás (1,8%), Rio de Janeiro (1,5%), Pernambuco (1,4%) e Santa Catarina (1,3%). Os dois únicos locais que mostram perda neste tipo de comparação são Espírito Santo (-0,6%) e Amazonas (-1,0%).
Na comparação sem ajuste sazonal, maio 2007/ maio 2006, os principais destaques, ficam com Pernambuco (9,7%), Rio Grande do Sul (9,5%), Minas Gerais (8,5%) e Santa Catarina (7,1%), que assinalam resultados acima da média nacional (4,9%). Ceará (4,8%), Paraná (4,2%), São Paulo (3,2%), região Nordeste (2,9%), Espírito Santo (2,5%), Rio de Janeiro (2,0%), Pará (1,3%) e Bahia (0,5%) também crescem abaixo do total do país. Houve queda na produção somente em Goiás (-0,2%) e no Amazonas (-1,9%).
No indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano, frente a igual período de 2006, também há um perfil generalizado de expansão que atinge onze locais. As maiores taxas ocorrem no Rio Grande do Sul (8,8%), Paraná (8,1%) e Minas Gerais (7,2%). Observa-se, nesses destaques, uma forte presença da indústria automobilística (automóveis, caminhões e autopeças) e de setores produtores de máquinas e equipamentos, principalmente, de itens associados à dinâmica agrícola. Os demais locais com resultados positivos são: Pernambuco (6,6%), Santa Catarina e Espírito Santo (ambos com 4,6%), Pará (4,4%), São Paulo (3,4%), Goiás (3,1%), Rio de Janeiro (2,2%) e região Nordeste (1,9%). O Ceará mostra estabilidade (0,0%) frente ao período janeiro-maio de 2006, enquanto Bahia e Amazonas registram queda na produção, com taxas de -0,2% e -1,2%, respectivamente.
Amazonas
A produção industrial do Amazonas, em maio, assinala o segundo recuo consecutivo na comparação com o mês imediatamente anterior (-2,5%), na série livre de influências sazonais, acumulando perda de 3,8% entre maio e março últimos. Com isso, o índice de média móvel trimestral apresentou o segundo resultado negativo, acumulando queda de 3,5% entre os trimestres encerrados em maio e março.
Em relação a igual mês do ano passado, a indústria amazonense volta a apresentar recuo (-1,9%) após avançar 3,6% em abril. O indicador acumulado no ano prossegue em queda (-1,2%). No acumulado nos últimos doze meses, a produção apresenta ligeira redução no ritmo de queda nos últimos dois meses: -3,7% em abril e -3,3% em maio.
O resultado negativo no índice mensal (-1,9%), em que cinco dos onze ramos reduziram a produção em relação a maio de 2006, foi determinado, sobretudo, pela forte pressão adversa vinda de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-23,4%). Os decréscimos na fabricação de telefones celulares e de televisores foram preponderantes para o resultado deste segmento. Em menor medida, vale também destacar as influências negativas vindas de borracha e plástico (-30,1%) e de equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (-15,5%). Por outro lado, máquinas e equipamentos (94,3%), edição e impressão (62,9%) e alimentos e bebidas (12,1%), foram os impactos positivos mais relevantes. No primeiro, a produção de microondas teve grande destaque, sobretudo em função do avanço nas exportações deste produto, enquanto que nos outros dois ramos sobressaíram os acréscimos verificados na fabricação de fitas de vídeo e preparações em xarope para elaboração de bebidas.
No indicador acumulado no ano (-1,2%), cinco dos onze setores apresentaram resultados negativos, com a contribuição mais significativa permanecendo com material eletrônico e equipamentos de comunicações (-31,4%). Com menor impacto no resultado geral, destacaram-se também os recuos de borracha e plástico (-30,7%) e de equipamentos médico-hospitalares, ópticos e outros (-13,9%), cujos desempenhos foram explicados pelos decréscimos assinalados nos produtos peças e acessórios de plástico para a indústria eletroeletrônica; relógios e lentes para óculos. Em sentido contrário, alimentos e bebidas (25,1%), máquinas e equipamentos (75,8%) e outros equipamentos de transporte (16,3%) exerceram as principais influências positivas, impulsionados, em grande medida, pela maior produção de preparações em xarope e em pópara elaboração de bebidas; fornos de microondas; motocicletas e bicicletas.
Pará
Em maio, a indústria do Pará cresceu 2,5% frente a abril, na série livre dos efeitos sazonais, após recuar por três meses consecutivos, período em que acumulou uma perda de 3,8%. Ainda na série ajustada, o índice de média móvel trimestral mostra ligeira variação positiva (0,3%) entre os trimestres encerrados em abril e maio.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial avançou 1,3%. Nos indicadores para períodos mais abrangentes, tanto o acumulado no ano como o acumulado nos últimos doze meses apresentaram expansão de 4,4% e 10,5%, respectivamente.
No indicador mensal, o incremento de 1,3% teve como principal determinante o desempenho da indústria extrativa (6,0%), impulsionada sobretudo pela extração de minérios de ferro e de alumínio, uma vez que a indústria de transformação prossegue mostrando queda (-2,6%). Nesta última, o impacto negativo mais relevante veio de alimentos e bebidas (-9,7%) pressionado, principalmente, pelo recuo no item crustáceos congelados.
O crescimento de 4,4%, no indicador acumulado no ano, está apoiado principalmente no avanço de dois dígitos da indústria extrativa (10,7%) e, em menor escala, no desempenho da metalurgia básica (6,4%). Nestes setores, sobressaem produtos tipicamente de exportação: minérios de ferro e óxido de alumínio. Em sentido contrário, as principais pressões negativas vieram de alimentos e bebidas (-9,8%) e de celulose e papel (-12,1%), que apontaram recuo na produção, sobretudo, de crustáceos congelados e de celulose.
Nordeste
Em maio, a indústria do Nordeste apresentou crescimento de 3,0% em relação a abril, na série livre dos efeitos sazonais, após três meses de resultados negativos, período em que acumulou perda de 3,0%. Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral ficou praticamente estável (0,1%) entre os trimestres encerrados em abril e maio.
Na comparação com igual mês do ano anterior a indústria nordestina aponta crescimento de 2,9%. Também apresentaram avanços os indicadores acumulados no ano e nos últimos doze meses, com taxas de 1,9% e 2,6%, respectivamente.
No indicador mensal, o acréscimo de 2,9% da indústria nordestina está apoiado, sobretudo, no desempenho de alimentos e bebidas (15,5%), no qual destacam-se os itens amendoim e castanha de caju torrados e refrigerantes. Também cabe mencionar as contribuições positivas vindas de têxtil (4,6%) e de metalurgia básica (4,7%). Nestes segmentos, os principais impactos positivos foram assinalados por toalhas de banho, e tecidos de algodão; e alumínio não ligado em formas brutas. Entre os cinco ramos que apontam queda na produção, celulose e papel (-9,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-15,2%) exerceram as pressões negativas mais relevantes, pressionados em grande parte pelos recuos na produção de celulose; eletrodos e escovas de carvão, e transformadores, respectivamente.
No indicador acumulado no período janeiro-maio, o aumento de 1,9% também está apoiado na performance da indústria de alimentos e bebidas (10,4%), que apresentou avanço na maior parte dos produtos pesquisados, principalmente nos itens: açúcar cristal, farinhas e pellets de soja, e refrigerantes. Também tiveram influência positiva significativa na média da indústria minerais não-metálicos (7,2%) e produtos químicos (1,6%). Em sentido contrário, as maiores pressões negativas foram observadas em refino de petróleo e produção de álcool (-2,9%) e celulose e papel (-6,1%). Nestes segmentos, sobressaem os recuos na produção de óleo diesel e de celulose.
Ceará
Em maio, a produção industrial do Ceará ajustada sazonalmente cresceu 3,4% em relação ao mês imediatamente anterior, após dois meses seguidos de queda, quando acumulou perda de 2,2%. O índice de média móvel trimestral mostra ligeiro acréscimo (0,4%) entre os trimestres encerrados em abril e maio.
Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial cearense apontou incremento de 4,8%, enquanto o indicador acumulado no ano ficou estável (0,0%) frente a igual período do ano anterior. O indicador acumulado nos últimos doze meses (5,3%) mantém ritmo praticamente estável nos últimos três meses.
No indicador mensal, a indústria cearense apresentou crescimento de 4,8%, com expansão em seis dos dez setores pesquisados. O maior impacto positivo veio de alimentos e bebidas (19,3%), por conta do aumento na produção de amendoim e castanhas de caju torrados, e refrigerantes. Vale citar ainda as contribuições positivas observadas em vestuário (20,5%), em função da maior fabricação de camisas de malha de uso masculino; e calça, bermudas e semelhantes de uso feminino; e produtos químicos (13,5%), devido ao aumento na produção de tintas e vernizes para construção. Por outro lado, as principais pressões negativas foram assinaladas por refino de petróleo e produção de álcool (-38,5%); e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-23,7%), por conta, respectivamente, da queda na fabricação de gasolina e de transformadores.
O indicador acumulado no ano mostra crescimento nulo (0,0%) e entre os dez setores acompanhados, seis apontam recuo na produção, com as influências mais significativas vindo de refino de petróleo e produção de álcool (-36,7%), têxtil (-5,6%) e máquinas, aparelhos emateriais elétricos (-17,0%), que assinalaram redução na produção de gasolina e gás liqüefeito de petróleo (GLP); tecidos e fios de algodão, e transformadores. Em sentido contrário, as maiores contribuições positivas foram observadas em alimentos e bebidas (11,4%) e produtos químicos (16,8%), em virtude, respectivamente, do aumento na fabricação de amendoim e castanha de caju torrados, e refrigerantes; e tintas e vernizes para construção.
Pernambuco
Em maio, a produção industrial de Pernambuco ajustada sazonalmente cresceu 0,7%, em relação ao mês imediatamente anterior, após recuar 1,3% em abril. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral mostra acréscimo de 1,4% entre os trimestres encerrados em abril e maio, mantendo a trajetória ascendente iniciada em fevereiro.
No confronto com igual mês do ano anterior, o setor assinalou expansão de 9,7%, maior resultado desde outubro de 2006 (11,3%). Com isso, a atividade industrial acentua o desempenho positivo tanto do indicador acumulado no ano, que passa de 5,9% em abril para 6,6% em maio, como do acumulado nos últimos doze meses (de 5,3% para 5,7%).
O indicador mensal da indústria pernambucana assinalou o décimo nono resultado positivo consecutivo, com expansão em sete dos onze setores pesquisados. A maior influência positiva para a formação da taxa de 9,7% veio do crescimento atípico observado em produtos de metal (114,5%), explicado pela baixa base de comparação, por conta de uma paralisação em maio de 2006 de uma importante empresa, para a modernização do seu parque fabril. Neste segmento, o principal destaque é o item latas de alumínio para embalagem, vindo a seguir o item rolhas, tampas e cápsulas metálicas. Vale citar, ainda, as contribuições vindas de produtos químicos (21,9%), em virtude da maior fabricação de tintas e vernizes para construção, e oxigênio; e de alimentos e bebidas (7,8%), em razão do aumento na produção de sorvetes e massas alimentícias. Por outro lado, as influências negativas mais relevantes foram assinaladas por metalurgia básica (-4,0%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,6%), devido, respectivamente, à redução na produção de chapas e tiras de alumínio, e vergalhões de aço ao carbono; lâmpadas, e jogos de fios para velas de ignição.
O indicador acumulado no ano cresceu 6,6% sustentado, em grande parte, pela expansão da produção em oito dos onze segmentos investigados, com as maiores influências vindo de produtos químicos (21,0%), alimentos e bebidas (5,4%) e produtos de metal (17,8%). Estas atividades foram impulsionadas principalmente pelos avanços na produção dos itens tintas e vernizes para construção, e borracha de estireno-butadieno; sorvetes e açúcar cristal; latas de alumínio para embalagem, e latas de ferro e aço; respectivamente. Em sentido contrário, as maiores pressões negativas vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,6%) e calçados e artigos de couro (-13,2%), em função da queda na produção de pilhas ou baterias elétricas; e couros e peles de bovinos.
Bahia
Em maio, a produção industrial da Bahia ajustada sazonalmente avançou 2,2% em relação a abril, revertendo três resultados negativos consecutivos, período em que acumulou perda de 6,6%. O índice de média móvel trimestral mostrou ligeira variação positiva (0,2%) entre os trimestres encerrados em abril e maio.
No confronto com igual mês do ano anterior, a produção industrial baiana cresceu 0,5%, após assinalar três taxas negativas consecutivas. Com isso, o indicador acumulado nestes cinco primeiros meses do ano fica ligeiramente negativo (-0,2%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, avançou 0,4%, porém permanece em trajetória descendente desde dezembro de 2006 (3,2%).
No indicador mensal, houve crescimento de 0,5%, com taxas positivas em cinco das nove atividades pesquisadas. A maior contribuição positiva veio de alimentos e bebidas (24,1%), por conta do acréscimo na produção de farinha e pellets da extração do óleo de soja, e cervejas e chope. Vale citar também as contribuições positivas vindas de minerais não-metálicos (16,4%), em virtude da maior fabricação de cimento e granito; e borracha e plástico (9,5%), em função do crescimento na produção de embalagens de plástico para alimentos; e garrafões, garrafas e frascos de plástico. Em sentido oposto, os principais impactos negativos foram dos ramos produtos químicos (-4,8%) e celulose e papel (-10,3%), em razão, respectivamente, da redução na fabricação de sulfato de amônio e amoníaco; e celulose e papel não revestido.
No indicador acumulado no ano, a indústria baiana apresentou ligeira variação negativa de 0,2%, com recuo em seis dos nove setores pesquisados. As maiores pressões negativas vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-5,0%), por conta da redução na fabricação de óleo diesel e nafta; e de celulose e papel (-6,1%), decorrente da queda na fabricação de celulose e papel higiênico. Por outro lado, as principais contribuições positivas foram observadas em alimentos e bebidas (15,6%) e borracha e plástico (12,7%), devido, respectivamente, à maior fabricação de farinhas e pellets da extração do óleo de soja, e embalagens de plásticos para alimentos.
Minas Gerais
O setor industrial de Minas Gerais, na série com ajustamento sazonal, assinala aumento de 1,1%na passagem de abril para maio, após recuar no mês anterior também 1,1%. O índice de média móvel trimestral mostra avanço de 1,8% entre os trimestres encerrados em abril e maio, terceiro resultado positivo consecutivo, período em que acumula expansão de 4,0%.
No confronto com igual mês do ano anterior, o setor prossegue apontando expansão (8,5%), décimo primeiro resultado positivo consecutivo. Nos primeiros cinco meses de 2007, o setor industrial cresceu 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses (5,1%), também assinala acréscimo e repete o índice observado em abril.
O acréscimo de 8,5% na comparação com maio de 2006, está apoiado tanto no bom desempenho da indústria extrativa (10,8%) como no da indústria de transformação (8,1%). A performance favorável do setor extrativo, por conta da maior extração de minérios de ferro, exerce influência relevante sobre a média global. Na indústria de transformação, onde nove dos doze ramos investigados assinalam expansão, cabe ao setor de veículos automotores (18,9%) o principal destaque positivo, seguido por outros produtos químicos (23,7%) e celulose e papel (40,9%). Esses segmentos foram impulsionados sobretudo pelos avanços nos itens: automóveis; adubos ou fertilizantes; e celulose, respectivamente. Por outro lado, metalurgia básica (-1,9%) exerce a maior contribuição negativa, pressionada, em grande parte, pela redução na fabricação de lingotes, blocos e tarugos de aço e bobinas de aço ao carbono.
No indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano, frente a igual período de 2006, a indústria mineira cresceu 7,2%, com dez dos treze ramos apontando crescimento na produção. A performance do setor extrativo (8,0%), apoiado sobretudo na extração de minérios de ferro, é um dos principais determinantes para o resultado positivo no índice global. Na indústria de transformação (7,1%), veículos automotores (17,2%) responde pelo impacto positivo mais importante, pressionado, em grande parte, pelo acréscimo na fabricação de automóveis. Também cabe mencionar o comportamento favorável observado nos ramos de máquinas e equipamentos (17,4%) e de outros produtos químicos (13,7%). Nestes segmentos sobressaem, principalmente, os avanços na fabricação de eletrodomésticos; e inseticidas e adubos ou fertilizantes, respectivamente. Por outro lado, a maior contribuição negativa fica com minerais não-metálicos (-4,0%) influenciada, em grande parte, pela redução na produção de cimento.
Espírito Santo
Em maio, a produção industrial do Espírito Santo avançou 1,2% frente a abril, na série livre de influências sazonais, revertendo o crescimento nulo de março (0,0%) e o resultado negativo de abril (-3,0%). Com estes resultados, o índice de média móvel trimestral mostra queda de 0,6% entre os trimestres encerrados em abril e maio.
No confronto maio 2007/maio 2006, a indústria capixaba avançou 2,5%, décimo-sétimo resultado positivo consecutivo. O indicador acumulado no ano, que passa de 5,2% em abril para 4,6% em maio, e nos últimos doze meses (de 8,7% para 8,4%), mostram ligeira desaceleração no ritmo de crescimento.
Na comparação com maio de 2006, a indústria capixaba cresceu 2,5% apoiada sobretudo no avanço da indústria extrativa (8,2%), uma vez que a indústria de transformação (0,1%) mostra taxa próxima de zero. No primeiro segmento, o principal destaque é a extração de petróleo e, em menor medida, o maior beneficiamento do minério de ferro. Na indústria de transformação (0,1%), três das quatro atividades apontam taxas positivas, com alimentos e bebidas (18,2%) exercendo o impacto positivo mais relevante, enquanto a única pressão negativa é observada em celulose e papel (-15,7%). Nestes segmentos, sobressaem os itens bombons, no primeiro setor, e celulose, no segundo.
O indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano cresceu 4,6%, frente ao mesmo período do ano passado, com o principal impacto sobre a média global permanecendo com a indústria extrativa (17,4%). Na indústria de transformação (-0,3%), que prossegue assinalando taxa negativa, dois dos quatro setores pesquisados mostram redução na produção, cabendo à metalurgia básica (-4,5%) a maior contribuição negativa, e a alimentos e bebidas (11,1%) a influência positiva mais relevante.
Rio de Janeiro
Em maio, o índice da produção industrial do Rio de Janeiro ajustado sazonalmente apresentou ligeira variação negativa (-0,2%) frente a abril, após assinalar expansão por dois meses consecutivos, acumulando ganho de 4,9% neste período. Ainda na série ajustada, o índice de média móvel trimestral, que mostra acréscimo de 1,5%, prossegue na passagem dos trimestres encerrados em abril e maio, com trajetória de crescimento iniciada em março.
No confronto com maio de 2006, a produção permanece apontando expansão (2,0%). Assim, o setor acumulou no período janeiro-maio de 2007 acréscimo de 2,2%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, mostra ligeira desaceleração no ritmo de crescimento, passando de 1,5% em abril para 1,3% em maio.
Em relação a maio de 2006, o setor industrial fluminense assinala avanço de 2,0%, tendo como principal contribuição positiva a performance da indústria de transformação (3,3%), uma vez que a indústria extrativa (-3,5%), influenciada por problemas operacionais nas plataformas de petróleo, prossegue com resultados negativos neste tipo de comparação em 2007. No primeiro segmento, onde oito das doze atividades apontam expansão na produção, o principal impacto positivo vem da metalurgia básica (28,6%), favorecida pela combinação de uma produção em elevação e de uma baixa base de comparação em virtude de paralisação de um alto forno em grande empresa do setor nos primeiros meses de 2006. Neste segmento, a maior influência positiva cabe aos itens folhas-de-flandres e bobinas de aço ao carbono. Também vale destacar os desempenhos positivos de edição e impressão (17,3%), outros produtos químicos (14,4%), veículos automotores (10,3%) e bebidas (9,6%). Por outro lado, dos quatro ramos da indústria de transformação que reduzem a produção, sobressai a pressão negativa vinda da farmacêutica (-32,8%).
A indústria fluminense cresceu 2,2% no indicador acumulado para os cinco primeiros meses do ano baseada, sobretudo, na expansão da maior parte (oito) dos setores pesquisados. A metalurgia básica (25,3%) mantém a liderança em termos de impacto sobre o índice geral. Outras contribuições positivas relevantes sobre o resultado global vieram de edição e impressão (15,1%) e de outros produtos químicos (11,2%), por conta, em grande parte, da boa performance, respectivamente, dos itens: jornais e herbicidas. Em sentido oposto, entre os que assinalaram taxas negativas, a indústria farmacêutica (-20,2%) exerceu a principal influência, seguida por refino de petróleo e produção de álcool (-5,7%) e alimentos (-6,5%). Nestes segmentos, sobressaem os recuos nos produtos: medicamentos; óleo diesel; e preparações e conservas de peixes. A indústria extrativa, pressionada pelas paralisações técnicas e problemas operacionais nas plataformas de petróleo, prossegue mostrando queda (-2,0%).
São Paulo
A produção industrial de São Paulo mostra, em maio, acréscimo de 1,3% frente a abril, na série livre de influências sazonais, quarta taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 4,1% neste período. Com isso, o índice de média móvel trimestral, que cresce 0,5% entre os trimestres encerrados em abril e maio, também assinala seu quarto resultado positivo consecutivo.
Na comparação com igual mês do ano passado, o aumento foi de 3,2%, quinto mês de crescimento consecutivo. Com isso, o indicador acumulado no ano permanece assinalando expansão (3,4%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, cresce 2,9%, porém mostra ligeira redução no ritmo frente a abril (3,2%).
Em relação a maio de 2006 (3,2%), quinze das vinte atividades pesquisadas contribuíram positivamente para a formação da taxa geral, com os principais destaques, em termos de participação, vindo de máquinas e equipamentos (16,9%), farmacêutica (14,9%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (17,5%). O avanço observado no primeiro segmento é explicado, principalmente, pelo bom desempenho de bens de capital tipicamente industriais e agrícolas, com destaque para os itens centros de usinagem e máquinas para colheita. No segundo e terceiro ramos, sobressaem os acréscimos na fabricação de medicamentos; e aparelhos de comutação e telefones celulares. Por outro lado, máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-6,3%) e alimentos (-4,7%) exerceram os impactos negativos mais relevantes, pressionados sobretudo pelos recuos observados em transformadores; óleo diesel e gás liqüefeito de petróleo; e açúcar cristal e biscoitos.
O indicador acumulado no ano apresentou expansão de 3,4%, com quatorze ramos influenciando positivamente a média da indústria. As principais contribuições positivas vieram de máquinas e equipamentos (14,2%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (35,6%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (11,5%), pressionados sobretudo pelos acréscimos observados em centros de usinagem e máquinas para colheita; computadores e monitores; telefones celulares e aparelhos de comutação, respectivamente. Em contraposição, as maiores influências negativas foram exercidas por máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,3%), veículos automotores (-2,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (-3,3%), especialmente devido à redução na fabricação de transformadores; automóveis; óleo diesel.
Paraná
A produção industrial do Paraná recuou 0,7% em maio frente ao mês imediatamente anterior, sendo este o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando queda de 1,1%, já descontadas as influências sazonais. Mesmo com estes resultados, o índice de média móvel trimestral aponta um avanço de 0,8% na passagem dos trimestres encerrados em abril e maio, completando oito períodos com taxas positivas, totalizando expansão de 9,7%.
No confronto com igual mês do ano anterior, o setor prossegue mostrando expansão (4,2%) pelo oitavo mês consecutivo. O indicador acumulado nos primeiros cinco meses do ano aponta crescimento de 8,1% na comparação com o mesmo período do ano passado. O indicador acumulado nos últimos doze meses, que cresce 3,3% em maio, assinala ligeira aceleração frente ao índice de abril (3,0%).
Na comparação maio 2007/maio 2006, a produção paranaense registra acréscimo de 4,2%, com nove das quatorze atividades pesquisadas apontando taxas positivas. Os maiores destaques na formação da média global foram veículos automotores (12,1%); máquinas eequipamentos (22,2%); e outros produtos químicos (53,5%). Nestes setores, sobressai o aumento na fabricação dos itens: automóveis; máquinas para colheita; e adubos ou fertilizantes, respectivamente. Por outro lado, a maior influência negativa veio de edição e impressão (-42,9%), decorrente, em grande parte, da queda em livros e brochuras.
O indicador acumulado nos cinco primeiros meses do ano mostra crescimento de 8,1%, com a maior parte (dez) dos setores pesquisados apresentando taxas positivas. As contribuições mais relevantes vieram de veículos automotores (13,1%), alimentos (7,8%), máquinas e equipamentos (14,9%) e outros produtos químicos (36,1%), devido, em grande parte, ao avanço na produção dos itens: automóveis e caminhões; carnes e miudezas de aves; máquina para trabalhar matéria-prima para fabricar celulose e máquinas para colheita; e adubos ou fertilizantes. Por outro lado, a principal pressão negativa veio de madeira (-15,2%), com destaque para a queda na fabricação de folhas para folheados.
Santa Catarina
A produção industrial de Santa Catarina avançou 3,4% frente ao mês anterior, já descontadas as influências sazonais, e desde setembro de 2006 não registra taxa negativa, período em que acumulou um incremento de 8,9%. Com a seqüência de resultados positivos na série ajustada sazonalmente, o índice de média móvel trimestral, que aponta acréscimo de 1,3% na passagem dos trimestres encerrados em abril e maio, mantém desde dezembro trajetória ascendente.
No confronto com igual mês do ano anterior, o setor industrial catarinense, ao crescer 7,1%, sustenta resultados positivos há cinco meses consecutivos. Assim, tanto o indicador acumulado no ano, que passa de 4,0% em abril para 4,6% em maio, como o acumulado nos últimos doze meses (de 2,0% para 2,4%) prosseguem apontando aceleração.
Na comparação maio 2007/maio 2006, a produção industrial catarinense mostra expansão de 7,1%, com oito dos onze ramos industriais pesquisados assinalando taxas positivas. A influência de maior destaque no total da indústria veio de alimentos (13,3%) e, em menor de escala, de máquinas e equipamentos (8,9%), que foram impulsionados principalmente pela maior fabricação de carnes e miudezas de aves, no primeiro setor, e de refrigeradores e congeladores, no segundo. Vale citar, também, as contribuições positivas vindas de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (16,2%), veículos automotores (7,8%), celulose e papel (7,1%) e vestuário (8,8%). Nestas atividades, os itens que mais se destacaram foram, respectivamente: motores elétricos; carrocerias para caminhões e ônibus; papel cartão e caixas de papelão; conjuntos de malha de uso feminino e masculino. Entre os três segmentos que apontaram taxas negativas, o que mais pressionou a média global foi metalurgia básica (-5,9%), que tem a maior parte dos produtos pesquisados assinalando recuo na produção.
O acréscimo de 4,6% no indicador acumulado de janeiro-maio, frente igual período de 2006, reflete a expansão em oito dos onze setores pesquisados. A liderança, em termos de impacto sobre o índice global, permanece com alimentos (9,7%) e máquinas e equipamentos (12,5%), que mostram crescimento na maior parte dos produtos pesquisados. Também vale destacar o desempenho positivo de veículos automotores (7,6%) e de máquinas, motores e materiais elétricos (6,8%). Por outro lado, a contribuição negativa mais relevante prossegue vindo de vestuário (-10,4%), pressionado sobretudo pela menor fabricação de camisetas de malha.
Rio Grande do Sul
A indústria do Rio Grande do Sul, em maio, recuou 1,1% em relação a abril, na série livre dos efeitos sazonais, após assinalar três resultados positivos consecutivos, acumulando neste período expansão de 5,8%. Assim, o índice de média móvel trimestral, ao crescer 0,8% entre os trimestres encerrados em abril e maio, prossegue em trajetória ascendente desde junho de 2006.
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor assinalou expansão de 9,5%, quinto resultado positivo consecutivo. O indicador acumulado no ano, que passa de 8,7% em abril para 8,8%, e nos últimos doze meses (de 1,9% para 3,0%) mostram ganhos frente ao mês de abril.
O avanço de 9,5% na taxa global, em relação a maio de 2006, resulta sobretudo do acréscimo em dez dos quatorze ramos pesquisados, com os maiores impactos positivos vindos de refino de petróleo e produção de álcool (41,6%), máquinas e equipamentos (44,3%) e veículos automotores (29,6%). Nestes segmentos, sobressaem os avanços nos itens naftas para petroquímica e óleo diesel; semeadores e ferramentas hidráulicas de motor não-elétrico; automóveis e autopeças, respectivamente. Em sentido contrário, as maiores influências negativas foram observadas em calçados e artigos de couro (-5,6%), em decorrência, sobretudo, da menor produção de calçados e tênis de couro; e mobiliário (-12,8%), que apresentou diminuição na fabricação, principalmente, de mesas para escritório e armários para cozinha.
Na produção acumulada nos primeiros cinco meses do ano, frente a igual período do ano anterior, a expansão da indústria gaúcha foi de 8,8%, com onze das quatorze atividades pesquisadas mostrando resultados positivos. Os avanços mais significativos sobre a média da indústria foram observados em refino de petróleo e produção de álcool (34,3%), veículos automotores (29,4%) e máquinas eequipamentos (24,2%). Por outro lado, o segmento de calçados e artigos de couro (-10,5%) permanece exercendo a maior pressão negativa.
Goiás
Em maio, a produção industrial de Goiás, ajustada sazonalmente, avançou 6,1% frente a abril, após recuar 3,8% no mês anterior. Ainda na série ajustada, o índice de média móvel trimestral mostra crescimento de 1,8% entre os trimestres encerrados em abril e maio.
Em relação a igual mês do ano anterior, a indústria goiana aponta ligeira variação negativa (-0,2%), segundo resultado negativo neste tipo de comparação. Com isso, o indicador acumulado no ano, que passa de 4,1% em abril para 3,1% em maio, e nos últimos doze meses (de 3,7% para 2,9%) mostram menor ritmo de crescimento frente ao índice de abril.
No indicador mensal, a indústria goiana apontou variação negativa de 0,2%, reflexo sobretudo do recuo observado na indústria de transformação (-1,0%), uma vez que o setor extrativo assinala expansão de 8,5%. No crescimento deste último segmento, sobressai a maior fabricação de amianto e pedras britadas. Na indústria de transformação (-0,9%), o setor de alimentos e bebidas (-3,2%) exerce a maior pressão negativa, influenciado pelos itens açúcar cristal e leite em pó. Por outro lado, minerais não-metálicos, com expansão de 19,3%, assinala a principal contribuição positiva.
O índice acumulado nos primeiros cinco meses do ano mostra expansão de 3,1%, com todos os setores apontando taxas positivas. O principal impacto sobre a média global veio do setor extrativo (17,5%). Na indústria de transformação, a expansão foi de 2,0%, cabendo aos setores de produtos químicos (7,6%) e de minerais não-metálicos (11,6%) as maiores influências.
Ricardo Bergamini
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