A polícia local de Viqueque foi acusada hoje (04) pelos representantes do Congresso Nacional de Reconstrução do Timor (CNRT) de tentar matar o presidente do CNRT, Xanana Gusmão, no ataque ocorrido no domingo contra uma caravana eleitoral do CNRT, no qual morreu um membro da segurança civil e outros três ficaram feridos, segundo informações da Efe.
Em Viqueque, região onde - no dizer de uma fonte próxima do ex-presidente da República - a Fretilin "põe e dispõe", vários desconhecidos apedrejaram e dispararam contra a caravana eleitoral de Gusmão, causando a morte de Alfonso Guterres, um dos encarregados da segurança do CNRT.
"É uma tentativa de assassinato da Polícia local contra Gusmão.
Não usavam uniformes, mas os reconhecemos como policiais do distrito de Uatulari", disse à Efe Angela Freitas, porta-voz do presidente do CNRT.
Entretanto José Manuel Fernandes, assessor de "Lu Olo", cabeça-de-lista da Fretilin, garante que o seu partido "nada tem a ver com o incidente" (que causou mais três feridos), lembrando, contudo, que "o segurança empunhava à revelia da lei uma arma automática e ameaçava os populares que se manifestavam contra o CNRT".
Gusmão tinha participado de um ato nessa cidade, 100 quilômetros ao sudeste de Díli, como parte da campanha eleitoral para as legislativas de 30 de junho, das quais sairá um novo Governo e o primeiro-ministro.
"A situação é muito tensa e explosiva, apesar da presença da Polícia das Nações Unidas e de tropas australianas" das Forças de Estabilização Internacionais, descreveu um dos assessores de campanha de Xanana Gusmão que o acompanhou nesta acção eleitoral a Viqueque.
Em comunicado divulgado hoje, Gusmão condenou os incidentes e apelou ao país para renunciar à violência e reconstruir a nação sob os princípios da paz e da tolerância.
As legislativas se apresentam como um duelo entre o Fretilin, partido que liderou a luta da independência, e o de Gusmão, o primeiro presidente do Timor-Leste.
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