Desde o começo do segundo turno das eleições, a internet serve de termômetro para conferir o nível de adesão à campanha do presidente Lula. O salto pode ser conferido pelo número de mensagens recebidas no e-mail oficial de contato com o Comitê e pelo crescimento das comunidades pró-Lula no Orkut.
Durante o primeiro turno, a caixa postal da campanha recebia em média 500 mensagens por dia de apoio ao presidente. No segundo turno, este número quase triplicou, atingindo a marca de 1.300 mensagens por dia, com textos de apoio, felicitações e propostas para a campanha e um eventual segundo mandato de Lula, além de denúncias de ataques à campanha Lula na rede.
O mesmo crescimento do volume de campanha conferido pela mobilização das pessoas nas ruas, que saem de casa com bandeiras e adesivos do Lula nos carros e nas roupas, também é observado nas comunidades de apoio ao presidente no Orkut. A comunidade "Nós votamos Lula presidente 13", numericamente a mais representativa de todas até o momento, cresce diariamente desde o começo do segundo turno. Por dia, dois mil novos usuários entram na comunidade para debater as propostas de governo, pesquisas e os fatos diários relatados pela imprensa sobre as eleições. De 63 mil usuários no final do primeiro turno, a comunidade já atinge mais de 92 mil pessoas até esta quarta-feira 18.
Ataques na rede
O crescimento da campanha nas ruas e na Internet também fez recrudescer os ataques raivosos dos eleitores tucanos aos militantes petistas.
A divulgação da pesquisa Datafolha do dia 17 de outubro, que mostrou o presidente Lula com 60% dos votos válidos contra 40% do candidato adversário, motivou uma invasão de tucanos na comunidade Lula para ofender o presidente, seus eleitores e, particularmente, os nordestinos.
Mas as ofensas não se restringem aos ataques a comunidades pró-Lula. Na comunidade oficial de "Geraldo Alckmin presidente 45" há tópicos preconceituosos, raivosos e muitas vezes incitam à violência, como a mensagem que apregoa "morte ao Lula."
A selvageria a que foi vítima a publicitária petista Danielle Tristão, no Rio de Janeiro, quando teve parte do dedo arrancada a dentadas por apoiadores de Alckmin, não parou por aí. Na página pessoal dela no orkut os insultos continuam. Há xingamentos, discriminação aos portadores de deficiência e ofensas de todos os tipos.
Isso demonstra que parcela da militância tucana apóia esse tipo de agressão, mesmo depois de Geraldo Alckmin ter reprovado a atitude da tucana Ana Cristina, a autora da agressão raivosa contra a militante do PT. Na página da agressora há mensagens do tipo "Parabéns por defender nossos ideais com unhas e dentes".
PT
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter