Especialistas canadenses que analisaram o conteúdo das caixas-pretas do Legacy e do Boeing 737-800 da Gol concluíram que não só a asa direita, mas também parte da cauda do avião da Gol foi danificada na colisão ocorrida no dia 29. Com o choque, o avião perdeu uma peça chamada profundor, instalada no estabilizador horizontal da aeronave, que mantém o controle de subida e descida no vôo.
O ângulo do choque e os estragos causados na estrutura do avião explicam a queda em forma de espiral. . De acordo com um oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), tudo indica que o piloto do Boeing ainda tentou reagir, já que as equipes de resgate encontraram o trem de pouso aberto.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, os registros do controle de tráfego aéreo de Brasília (Cindacta-1) mostram que o avião da Gol voava a cerca de 850 quilômetros por hora no momento do acidente. Após o choque, a velocidade caiu para 108 quilômetros por hora. Peritos da Aeronáutica estimam que a queda tenha durado dois minutos e meio.
Uma fonte próxima às investigações diz que o resultado da leitura das caixas-pretas deve amenizar a situação dos pilotos americanos, Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, mostrando que eventuais falhas cometidas por eles não foram propositais. E que a conduta dos controladores de vôo também contribuiu para o acidente. Tudo caminha para uma sucessão de pequenos erros que, somados, culminaram nessa tragédia, comenta o especialista.
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