Por ANTONIO CARLOS LACERDA
AMAPA/BRASIL - No Brasil, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, concedeu registro a sete sindicatos patronais no Amapá, extremo Norte do País, para representar setores da indústria que, segundo o próprio governo local, não existem no Estado, segundo reportagem na Folha.
As certidões de registro dos sete sindicatos foram expedidas a pedido do deputado Bala Rocha (PDT-AP), dirigente do partido do ministro Carlos Lupi, que afirma ter se valido da proximidade partidária com o ministro.
Em abril e agosto de 2009, o Ministério do Trabalho expediu as certidões com a assinatura do ministro Carlos Lupi ao lado da inscrição "certifico e dou fé", e do então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros.
O ministério diz que não atendeu a interesses políticos para conceder o registro aos sete sindicatos do Amapá e que seguiu os "procedimentos previstos nos normativos legais que tratam da matéria".
Atolado até o pescoço em um mar de denúncias de corrupção no Ministério do Trabalho, Carlos Lupi será o sétimo ministro a cair em dez meses de governo da presidente Dilma Rousseff que, na tentativa de acabar com a corrupção ministerial, está enfrentando políticos corruptos que dominam os órgãos públicos brasileiros em troca de sustentação política de seus partidos ao governo no Congresso Nacional.
Por conta das denúncias de corrupção em seu ministério, Carlos Lupi chegou a ameaçar e desafiar a presidente Dilma Rousseff - que tem pavio curto - e, tentando encarnar os 'machões' dos antigos filmes de bangue-bangue sobre o 'velho oeste americano', estufou o peito e bradou que "só a bala" seria "abatido" do cargo.
A bala saiu pela culatra, a presidente se sentiu desrespeitada e, segundo fonte do governo, já 'recomendou' a Carlos Lupi que entregue o cargo, para não ser vergonhosamente demitido. Carlos Lupi é o 'chefão nacional' do Partido Democrático Trabalhista - PDT.
ANTONIO CARLOS LACERDA é correspondente internacional do PRAVDA.RU
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