Segundo o estudo "World Wealth Report" ("Relatório de Riqueza Mundial"), a América Latina se tornou a terceira região do mundo onde houve o maior aumento de número de milionários em 2007, com o Brasil na liderança, divulgado nesta terça-feira, feito em uma parceria do banco americano Merrill Lynch com consultoria de informática Capgemini, cita Folha Online.
O mundo tem agora mais de 10,1 milhões de milionários, segundo o estudo, que destaca um aumento 6% em relação a 2006. Milionário, na definição adotada para o estudo, é o indivíduo com ao menos US$ 1 milhão em ativos financeiros (excluindo objetos colecionáveis, consumíveis, produtos de consumo duráveis e residência).
Esse total de pessoas representa apenas cerca de 0,15% da população mundial, estimada em 6,7 bilhões de pessoas. O estudo abrange 71 países que representam 98% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial.
Na classificação geral dos países, o Brasil ficou em terceiro lugar, com um crescimento de 19,1% no número de pessoas com grandes fortunas. O país, no entanto, ficou atrás da Índia (22,7%) e da China (20,3%).
No mundo todo, a quantidade de "grandes fortunas" (mais de US$ 30 milhões de patrimônio financeiro) aumentou 8,8%. Nesse grupo figuram 103.320 pessoas, segundo o estudo.
A fortuna acumulada de 10,1 milhões de milionários alcançou, em 2007, US$ 40,7 trilhões --ou seja, um aumento de 9,4% em relação a 2006.
Tanto no caso do Oriente Médio (15,6%) e do Leste Europeu (14,3%) --as duas regiões que lideram a lista-- como na América Latina, o progresso é resultado dos preços das matérias-primas e do desenvolvimento de novos mercados financeiros. A fortuna dos indivíduos mais ricos do mundo deve chegar a US$ 59,1 trilhões até 2012, a uma taxa de crescimento de 7,7% ao ano, segundo o estudo
A entrada de capitais privados na América Latina duplicou em 2007 --com isso, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) ficou em quarto lugar mundial pela importância de suas ações e lucros.
Segundo o economista Brian Bethune, da Global Insight, levando-se em conta a expansão da economia mundial, o crescimento no número de milionários não chega a surpreender. Já a analista Ileana Van Der Linde, da Capgemini, disse que apesar do crescimento em 2007 ter sido menor que o registrado em 2006 (8,3%), a expansão ainda é significativa. O menor crescimento já registrado nos 12 anos em que o estudo é feito foi o de 2002, 2,1%.
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