“Jornada anti-Bush" no Brasil

 O presidente dos Estados Unidos George W.Bush visitará o Brasil nos dias 8 e 9 de março. Movimentos sociais e centrais sindicais prometem  organizar em São Paulo uma  manifestação  de 10 mil pessoas sob a bandeira “Fora Bush e sua política do Brasil e da América Latina”.

 Bancos e lanchonetes de origem americana também devem ser “alvos simbólicos” de manifestantes em repúdio ao presidente dos Estados Unidos, noticia G-1.

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai receber o líder dos EUA na próxima sexta-feira (9) em São Paulo, mas a passeata contra o norte-americano acontece no dia anterior (8), simultaneamente às manifestações do Dia Internacional da Mulher.

Os manifestantes prometem não descolar de Bush durante a visita. “Vamos perseguir Bush onde ele estiver”, diz Antônio Carlos Spis, da Executiva Nacional da CUT. A agenda de Bush no Brasil não foi divulgada por questões de segurança, o que dificulta a estratégia das entidades.

O protesto na Avenida Paulista é organizado por grupos feministas e 32 entidades nacionais que integram a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), entre elas, a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).


Paralelamente, estão previstos protestos em outras capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. Em Brasília, parlamentares organizam um ato contra o presidente na rampa do Congresso Nacional.

A “jornada anti-Bush” terá início na segunda-feira (5) com panfletagens e colagens de cartazes. Um deles compara Bush a Adolf Hitler, ao caracterizá-lo com o bigode do ditador nazista. Dirigentes de movimentos feministas se revezarão sobre o carro de som para criticar o que chamam de “política imperialista dos Estados Unidos”.

Manifestantes cogitam, após ato no Masp, protestar contra o governo norte-americano diante de bancos ou lanchonetes na Avenida Paulista. O local ainda não foi definido.

No dia seguinte à passeata, a UNE diz que vai protestar com “intervenções artísticas”. Está em estudo a realização de esquetes de teatro, nas quais Bush será o personagem principal, em estabelecimentos comerciais de origem americana.

Os estudantes prometem ainda performances, como comer marmitas e bananas dentro de lojas de fast food na capital paulista, conta a diretora de Relações Internacionais da UNE, Lúcia Stumpf.
A União da Juventude Socialista (UJS), que já adotou bombas de chocolate para protestar contra a intervenção militar dos Estados Unidos no Iraque em 2003, estuda trazer de volta os doces nos protestos contra Bush.

Marcelo Gavião, presidente da UJS, diz que vai aproveitar a passeata na Paulista para lançar a campanha “Bush Persona non Grata”. O movimento quer convencer parlamentares de capitais brasileiras a apresentarem nas câmaras de vereadores moções que declarem Bush persona non grata.

“Isso impede que Bush seja tratado com honrarias de chefe de estado por câmeras de vereadores. Queremos levar o repúdio à política de Bush às instituições”, explica Gavião. A bancada do PC do B vai analisar a proposta da UJS para apresentar moção semelhante na Câmara dos Deputados.

 

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Author`s name Lulko Luba
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