Decisão geopolítica séria russa na AL : Porque hoje?

Primeiras manobras navais militares conjuntas da Frota russa do Norte e das Forças Armadas venezuelanas iniciaram ontem (01) no Mar do Caribe. A Esquadra russa , integrada pelo cruzeiro nuclear lança-mísseis “Pedro o Grande” , o navio anti-submarino “Almirante Chabanenko” e dois navios de apoio, chegou ao porto venezuelano de La Guaira em 25 de novembro.

Os exercícios, batizados como Operação Combinada Vernus 2008, não sairão dos limites da zona econômica da Venezuela. As ações incluem manobras táticas entre os navios, exercícios antiterroristas, da defesa aérea, navegação e patrulhamento, tarefas de comunicação, troca do material entre os navios e intercambio de tripulações. A Venezuela usa os caças Sukhoi, comprados na Rússia, entre outros meios de aviação,e, além disso , 12 navios , incluindo três fragatas.

Participam 1.500 militares russos e 700 venezuelanos, segundo Ria-Novosti. Ontem foi firmado um documento que prevê a realização das próximas manobras conjuntas no Mar do Norte , nas águas territoriais da Rússia.

Segundo o presidente russo Dmitri Medvedev , retorno da Rússia à America Latina e Caribe é uma decisão geopolítica séria. A Rússia pretende desenvolver com países da região não só a cooperação política e econômica, mas também militar, porém, as tarefas do país a executarem atualmente não coincidem com as da URSS, a terem determinadas pela Guerra Fria.

O objetivo atual é obter os benefícios mútuos. Porém, claro que o interesse russo à América Latina foi revelado de maneira muito nítida depois da guerra na Ossétia do Sul , organizada e preparada pelos EUA.

Durante últimos anos os Estados Unidos aumentam a tensão nos países vizinhos da Rússia. Pretendem instalar o “escudo” anti-míssil na Europa do Leste que não é um escudo contra uma suposta agressão iraniana, mas mais um complexo de mísseis a fazer pontaria às divisões militares localizadas nos Urais. Além disso, a CIA, com sucesso, paulatinamente aumenta o apoio ao tal chamado “governo democrático” na Ucrânia de orientação anti-russa. Claro, que para travar a atividade dos americanos perto das fronteiras com Rússia, era preciso os orientar às suas. E o governo russo fez conclusões certas.

Em Caracas Medvedev se encontrou com dirigentes dos países da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA), ( Bolívia, Cuba, Dominica, Honduras, Nicarágua e Venezuela), um bloco político militar que manifesta, entre as suas tarefas, a eliminação da influência politica e econômica dos EUA na região.

Por Lyuba Lulko

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