Brasil: Cai desocupação

Em dezembro, desocupação caiu para 8,4% - Taxa de desocupação foi menor que a de novembro (9,5%) e permaneceu estável em relação a dezembro de 2005 (8,3%). O rendimento médio real (R$ 1.072,30) cresceu 0,6% em relação a novembro e 4,5% em relação a dezembro de 2005.

Em dezembro de 2006, a redução de 291 mil pessoas no contingente de desocupados, associada à estabilidade na população ocupada, ocasionou queda de 1,1 ponto percentual na taxa de desocupação que, face a dezembro de 2005 (8,3%), ficou estável.

Regionalmente, na comparação com novembro, foi observada movimentação nas regiões metropolitanas de Recife (12,4% para 10,4%), Belo Horizonte (8,2% para 7,1%), Rio de Janeiro (7,3% para 6,5%), São Paulo (10,3% para 9,0%) e Porto Alegre (8,0% para 6,6%). Apenas na Região Metropolitana de Salvador houve estabilidade. No confronto com dezembro de 2005, as Regiões Metropolitanas de Recife (13,9% para 10,4%) e Salvador (14,6% para 12,4%) apresentaram queda e São Paulo (7,8% para 9,0%) registrou alta.

População ocupada (po)

Em dezembro de 2006, a população ocupada foi estimada em 20,8 milhões de pessoas, e não se alterou na comparação com novembro. Em relação a dezembro de 2005, esse contingente cresceu 2,6%, ou cerca de mais 520 mil pessoas.

Regionalmente, em relação a novembro de 2006, o contingente de ocupados não registrou movimentação significativa em nenhuma das regiões metropolitanas pesquisadas. Na comparação anual, Recife (4,4%), Salvador (4,7%), Belo Horizonte (5,1%) e São Paulo (2,5%) apresentaram alteração.

Resultados nos principais Grupamentos de Atividade

A ocupação por grupamentos de atividade, na comparação mensal, não mostrou alteração.

Ante o mesmo período de 2005, houve aumento apenas em Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (3,7%) e outros serviços (3,9%).

Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (17,5% da PO). Houve estabilidade tanto em relação a novembro de 2006 quanto em relação a dezembro de 2005, para o total das seis regiões. No enfoque regional, não houve mudanças em nenhuma das regiões pesquisadas, em ambas as comparações.

Construção (7,2% da PO) No total das seis regiões, em ambas as comparações, o contingente de ocupados deste grupamento apresentou estabilidade. No enfoque regional, não houve movimentação em nenhuma das regiões pesquisadas, em relação a novembro.Frente a dezembro de 2005, Belo Horizonte apresentou alta de 11,9%.

Comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (19,6% da PO) Houve estabilidade, em ambas as comparações, para o total das seis regiões. No âmbito regional, não houve movimentação, em relação ao mês anterior. No confronto com dezembro de 2005, houve mudanças em Recife (12,2%) e Salvador (10,2%).

Serviços prestados à empresa, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (14,4% da PO) Não houve movimentação na comparação mensal, mas elevação de 3,7% em relação a dezembro de 2005, para o total das seis regiões. No enfoque regional, no confronto com o mês anterior, não houve variação em nenhuma das regiões pesquisadas. No confronto com dezembro de 2005, Salvador registrou alta de 19,7%.

Educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (15,2% da PO) Em ambas as comparações, houve estabilidade. No âmbito regional, frente a novembro, houve estabilidade. Na comparação anual, houve alta em Belo Horizonte (6,9%).

Serviços domésticos (8,1% da PO) Estabilidade, no total das seis regiões, em ambas as comparações. Regionalmente, houve movimentação apenas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro: 6,9%, em relação a novembro e 9,6% em relação a dezembro de 2005.

Outros serviços (alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais) (17,3% da PO) Estabilidade em relação a novembro e alta de 3,9% frente a dezembro de 2005, no total das seis regiões. No enfoque regional, na comparação mensal, não houve movimentação. Em relação a dezembro de 2005, alta na Região Metropolitana de Belo Horizonte (7,1%).

Ocupação segundo a forma de inserção no mercado de trabalho

Empregados COM carteira assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros) (41,6% da PO) Em relação a novembro, houve estabilidade. Frente a dezembro de 2005, alta de 4,4%, ou mais 363 mil trabalhadores com carteira assinada.

Regionalmente, na comparação mensal, houve estabilidade. Em relação a dezembro de 2005, houve altas em Recife (6,7%), Salvador (10,0%), Belo Horizonte (5,7%) e São Paulo (6,2%).

Empregados SEM carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos, militares, funcionários públicos estatutários e outros) (14,4% da PO) Houve estabilidade na comparação com o mês anterior e queda (-4,4%) frente a dezembro de 2005. No contorno regional, em ambas as comparações, houve estabilidade em todas as regiões pesquisadas.

Trabalhadores por conta própria (19,8% da PO) Estabilidade na comparação mensal e alta de 5,3% em relação a dezembro de 2005. Na esfera regional, houve estabilidade geral comparação mensal.Em relação a dezembro de 2005, houve altas em Salvador e Belo Horizonte (8,5%).

Pessoas desocupadas (pd)

Houve queda (-13,3%) no contingente de desocupados (1,9 milhões) em relação ao mês de anterior, no total das seis regiões pesquisadas. Em relação a dezembro de 2005, houve estabilidade.

Regionalmente, em relação a novembro, houve quedas em cinco regiões metropolitanas: Recife (-19,2%), Belo Horizonte (-13,9%), Rio de Janeiro (-11,6%), São Paulo (-13,7%) e Porto Alegre (-18,3%). Salvador não apresentou movimentação significativa. Em relação a dezembro de 2005, houve quedas em Recife (-25,4%) e Salvador (-13,3%), e alta em São Paulo (19,7%).

Rendimento médio real1

Em dezembro de 2006, o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores (R$ 1.072,30) subiu 0,6% em relação a novembro e 4,5% em relação a dezembro de 2005. Esta alta foi conseqüência do crescimento no rendimento dos trabalhadores por conta própria. Para os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado foi computada uma perda de 2,3% no mês. Em relação a dezembro de 2005, além do ganho de 4,5% observado no rendimento da população ocupada, houve alta no rendimento dos empregados com carteira assinada (4,9%) e dos trabalhadores por conta própria (8,0%).

Em relação a novembro, houve altas Belo Horizonte (0,4%), Rio de Janeiro (2,7%) e São Paulo (0,7%), e quedas em Recife (-4,4%), Salvador (-0,7%) e Porto Alegre (-1,4%). Em relação a dezembro de 2005, houve alta em todas as Regiões Metropolitanas: Recife (5,7%), Salvador (2,7%), Belo Horizonte (7,2%), Rio de Janeiro (2,7%), São Paulo (5,2%) e Porto Alegre (4,5%).

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação MENSAL.

Empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado Estabilidade no rendimento médio, estimado em R$ 1.054,10.

Em Recife (0,4%), Salvador (0,6%) e Rio de Janeiro (1,7%) houve altas. Em Belo Horizonte, São Paulo e Porto Alegre não houve alteração.

Empregados sem carteira assinada no setor privadoQueda (-2,3%) no rendimento médio, estimado em R$ 689,30.

Em Recife (-2,8%) e São Paulo (-5,6%) houve quedas. Em Salvador (4,0%), Belo Horizonte (3,2%), Rio de Janeiro (2,4%) e Porto Alegre (1,8%) houve altas.

Trabalhadores por conta própria Alta de 3,1%, passando para R$ 904,90.

Recife (4,3%), Salvador (3,0%), Belo Horizonte (6,3%), Rio de Janeiro (1,7%), São Paulo (3,7%) registraram ganhos. Em Porto Alegre, houve queda (-1,3%).

Rendimento das categorias de posição na ocupação na comparação ANUAL.

Para o total das seis regiões, o rendimento dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, estimado em R$ 1.054,10 apresentou recuperação de 4,9% em relação a dezembro de 2005.

Os trabalhadores das regiões metropolitanas de:Recife (12,5%), Salvador e Belo Horizonte (5,0%), São Paulo (6,9%) e Porto Alegre (3,2%) assinalaram ganho no rendimento. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro apresentou declínio (-0,6%).

Para o total das seis áreas, a categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado apresentou queda de 2,6% no rendimento, passando de R$ 708,02 para R$ 689,30.

Os trabalhadores das Regiões Metropolitanas de Recife, Salvador e Belo Horizonte tiveram ganho em torno de 11,0% no rendimento. Houve declínio nas Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro (-7,6%),São Paulo (-4,0%) e Porto Alegre (-3,3%).

Para o total das seis áreas, na categoria dos trabalhadores por conta própria, o rendimento apresentou recuperação (8,0%).

Em todas as regiões metropolitanas o quadro foi de recuperação: Recife (1,7%),Salvador (3,3%),Belo Horizonte (12,6%),Rio de Janeiro (3,2%),São Paulo (10,9%) e Porto Alegre (12,2%).

Nota:

1Rendimento habitualmente recebido

Pesquisa Mensal de Emprego – Fonte IBGE

Ricardo Bergamini
[email protected]
[email protected]
http://paginas.terra.com.br/noticias/ricardobergamini

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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