Lenín Moreno Pedirá a Assange que 'Não Se Intrometa na Política Equatoriana'

Lenín Moreno Pedirá a Assange que 'Não Se Intrometa na Política Equatoriana'

O presidente eleito do Equador, Lenín Moreno, disse nesta terça-feira (5) que pedirá a Julian Assange, fundador e responsável por WikiLeaks asilado na Embaixada do país andino em Londres, que "não se intrometa na política equatoriana"...

Edu Montesanti

Logo após a confirmação da derrota do candidato oposicionista, o banqueiro Guillermo Lasso no segundo turno disputado domingo passado, o jornalista australiano convidou-o "cordialmente a abandonar o país em 30 dias com ou sem seus milhões offshore", através de sua conta no Twitter. Isso, em irônica (e ameaçante, envolvendo novas denúncias?) resposta ao líder do movimento CREO - SUMA quem, durante a campanha presidencial, afirmou que uma vez eleito cordialmente convidaria Assange a deixar a Embaixada equatoriana em 30 dias.

Moreno, que sofreu os mais baixos ataques de uma corrupta oposição ao longo de toda a campanha, recheada de mentiras e ofensas por sua deficiência física que, há nove anos, o mantém em cadeira de rodas como consequência de um tiro nas costas levado em assalto, dá com essa postura, sem dúvida, mais um grande exemplo de dignidade e de senso de liderança. 

Porém, é inegável que o convite de Assange a Lasso, além de saboroso deixa no ar a questão: traz em seu bojo ameaça de novas denúncias do jornalista contra o representante da oligarquia equatoriana, proprietário de ao menos 49 empresas em paraísos fiscais, fato recentemente comprovado? Pelo tom, pelas ligações de Lasso e pelo que se conhece da capacidade de WikiLeaks, tudo leva a crer que sim: muita fezes ainda deve ser lançada no ventilador da promíscua direita equatoriana.

 

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey