Ucrânia: Por que não há intervenção militar russa

"O mês crítico, a esperar, é dezembro-2014"


O nível da discussão analítica pela Internet russa está perfeitamente avaliado pelo cientista político Simon Uralov: "Dizer que a crise ucraniana enlouqueceu a cabeça dos colegas em Kiev e os converteu em histéricos sedentos de sangue é fundamentalmente errado. Entre os colegas em Moscou também surgiu número incrível desse mesmo tipo de histéricos".

O objetivo desse artigo é dar um passo para fora da histeria e analisar friamente a situação na Ucrânia.

Começo pelos necessários esclarecimentos em vários tópicos emocionalmente importantes:

Por que não há intervenção militar russa?

Se esse artigo tivesse sido redigido há alguns poucos dias, parte significativa dele teria de ter sido dedicada a explicar por que enviar tropas à Ucrânia era não adequado; e que seria simples e puramente estúpido, mesmo depois do referendo. Por felicidade, o comando da Resistência em Slaviansk, Igor Strelkov, deu conta dessa missão melhor que eu: em sua mensagem por vídeo, ele claramente falou da inércia da população local de Lugansk e Donetsk em termos de ação real para defender os próprios interesses contra a Junta. 

Antecipando discussões sobre o referendo, apresso-me a dizer que fazer uma marca na cédula de voto é certamente ótimo, mas não é muito diferente de outros tipos de comportamento de manada - como o "curtir" [ing. "like"] de Facebook.  Porque a marquinha "curtir" que se faz na célula do referendo não muda coisa alguma. O referendo foi ação necessária, mas não suficiente.

O quanto o Kremlin estava preparado para os eventos na Ucrânia e o quanto está tendo de improvisar, mesmo agora?

Aconselho que leiam o telegrama distribuído por WikiLeaks que está em  https://wikileaks.org/plusd/cables/08MOSCOW265_a.html[1] - no qual se lê que o Kremlin já apontara claramente aos EUA em 2008 os cenários que se veem hoje em campo:


"Especialistas nos dizem que a Rússia está particularmente preocupada com as fortes divisões que se veem na Ucrânia sobre o país integrar-se ou não à OTAN, com grande parte da comunidade russo-étnica posicionada contra a integração, o que pode levar a divisão do país, o que implicará violência e, no pior dos casos, guerra civil. Naquele caso, a Rússia terá de decidir se intervirá ou não; e é decisão que a Rússia não deseja ter de encarar."


É lógico assumir, portanto, que esse desenvolvimento absolutamente não foi surpresa para o Kremlin, e que agora estamos num script ainda mais desagradável, mas com menos nuanças: alguma coisa equivalente a um "Plano E".

Para compreender o que o Kremlin fará a seguir, fixemos alguns objetivos:

- Não permitir que a Ucrânia seja incorporada à OTAN.

- Não permitir o estabelecimento e a estabilização, na Ucrânia, de um regime russófobo (o que pressupõe a des-nazificação).

- Não permitir o genocídio da população russa do sudeste.

Idealmente, é indispensável implementar simultaneamente os três objetivos, ao mesmo tempo em que, enquanto são implementados, a economia russa não quebre, no momento em que vai sendo reorientada para a Ásia; e é preciso, também ao mesmo tempo, impedir que os EUA façam avançar seus objetivos econômicos à custa da União Europeia.

Como se podem alcançar todas essas metas?

Consideremos o cenário mais simples, e vejamos quais são as vulnerabilidades e as consequências negativas:

- Suponhamos que o exército russo entre na Ucrânia e, alguns dias depois, chegue a Kiev; e que, na sequência, logo assuma o controle de toda a Ucrânia. "Patriotas" festejarão muito, haverá desfiles na Khreschatyk e coisa-e-tal.

Parecerá que os três objetivos acima teriam sido alcançados, mas teriam simultaneamente emergido os seguintes problemas:

1) Na União Europeia, a elite empresarial europeia já pisou delicadamente no pé de seus políticos e meteu o pé nos freios em relação às sanções; e o "Partido da Guerra" (também chamado "Partido dos EUA" ou, melhor dito, "Partido da Pax Americana") vence bem evidentemente. Contra a Federação Russa, o efeito máximo de sanções reais aconteceu contra as próprias economias europeias, que entram em recessão. Mas não é evento que gere júbilo.

Nesse contexto, os norte-americanos podem forçar a assinatura da versão norte-americana da "Parceria Trans-Atlântica para Comércio e Investimento" [orig. TTIP, Transatlantic Trade and Investment Partnership], pacto comercial, que converte a União Europeia em apêndice da economia dos EUA.

Nesse momento, as negociações daquele tratado estão em andamento e, para os EUA, a entrada de tropas russas na Ucrânia seria presente caído dos céus.

Sanções contra a Rússia destruiriam negócios europeus, e barreiras comerciais e de negócios contra os EUA completariam o serviço. No final, teríamos o quê? A União Europeia em estado semelhante a um pós-guerra; os EUA em festa e uniforme de gala, absorvendo mercados europeus nos quais não teriam concorrentes, nem agora nem em curto prazo; a Federação Russa em situação que deixaria a desejar, longe da sua melhor forma. Alguém ainda não percebeu que, nesse contexto hipotético, o bobo da roda absolutamente não são os EUA?

Aliás, nem é preciso levar em consideração os argumentos de que os políticos europeus 'não cometeriam' suicídio econômico. Os euroburocratas são capazes, sim, de cometer qualquer coisa, isso e coisa pior que isso, como a prática mostra.

2. À parte o fato de que o Kremlin estaria prestando um serviço a Washington, é preciso considerar o que aconteceria à própria Rússia.

• Se as sanções tivessem incapacitado a Rússia antes de ser assinado o megacontrato de 30 anos com a China, nesse caso a China estaria em condições de negociar a partir de uma posição de força. De fato, estaria em posição ideal para fazer chantagem (o que se observa mesmo assim no comportamento da China, embora não claramente).

• Se as sanções tivessem incapacitado a Rússia antes de ser assinado o megacontrato de petróleo com o Irã, mediante o qual a russa Rosneft controlará 500 mil barris adicionais de petróleo por dia, o Irã estaria em condições de negociar a partir de uma posição de força.

• Todas as tentativas subsequentes de construir qualquer coisa, até receber as importações de que os russos precisamos agora, nos custariam muito, muito caro.

• Se as sanções tivessem incapacitado a Rússia antes da assinatura do acordo que cria a Comunidade Econômica Eurasiana, avaliem o trunfo com que contariam Lukashenko e Nazarbayev, para torcer o braço de Putin nas negociações. Um pouco mais disso, e Moscou, para criar a Comunidade Econômica Eurasiana, teria de pagar pelo próprio petróleo!

3. A Federação Russa teria de assumir total responsabilidade pela restauração da economia ucraniana e pela des-nazificação: e onde encontrar número suficiente de "des-nazificadores" (...[2]) para lutar contra grupos compactos de nazistas ucranianos, que terão apoio e suprimentos vindos do exterior?! Tudo isso somado, é claro que esse cenário muito beneficia os EUA e a China.

Caberiam à Rússia: uma sensação profunda de satisfação moral, problemas econômicos a resolver e anos de amaldiçoamentos futuros, que virão dos "generosos" (щирых) ucranianos, infelizes com "a vida sob ocupação".

Quais os pontos vulneráveis da Rússia, no tempo?

1. Contrato de gás com a China (maio-junho) (assinado dia 21/5/2014!)

2. Contrato de petróleo com o Irã no verão (por isso os EUA levantaram o embargo, com a Rosneft muito intimamente conectada à British Petroleum, e nem tanto à Exxon Mobil. E para onde flui o petróleo? Para a China).

3. Importante! Eleições para o Parlamento Europeu, que dará muitos votos a eurocéticos aliados da Rússia. Depois da eleição, reunir-se-á uma Comissão Europeia de composição muito diferente, com a qual será mais fácil trabalhar (eleições marcadas para 25 de maio). E ainda mais importante: depois do contrato de gás assinado com a China, será mais fácil empurrar a favor do [oleogasoduto] South Stream (Ramo Sul), os deputados recém eleitos.

4. Coleta de todos os documentos/autorizações/licenças/etc. para a construção do [oleogasoduto] South Stream (Ramo Sul) - em maio.

Isso é o que se pode ver a olho nu, mas há outros aspectos muito importantes, os quais, contudo, são difíceis de distribuir claramente em cronograma:

1. Transição para pagamentos em rublos, por energia. Petróleo e gás não são sacos de batatas: o fornecimento depende de contratos de longo prazo e que não podem ser alterados unilateralmente, e exigem muito trabalho cada vez que têm de ser substituídos, ou, mesmo, apenas alterados.

2. Transição para cotar preços em rublos, por energia (para negócios em rublos) nos mercados russos - é trabalho absolutamente enlouquecedor, além de ser muito, muito trabalho, por várias razões, uma das quais é que é trabalho que jamais foi feito antes, nem esse nem algum trabalho semelhante a esse.

3. Um sistema próprio de pagamentos.

4. Preparação para substituição de importações ou melhora do trabalho que fazemos com fornecedores asiáticos (mas não é ação em contexto de emergência).

Essa lista prossegue. Até aí só o que consigo ver, e o Kremlin tem horizontes muito mais amplos.

Acrescentem-se aí interessantes iniciativas do Ministério de Relações Exteriores, que não está sentado ocioso, de braços cruzados.

Por exemplo, o vice-ministro [de Relações Exteriores] Karasin esteve em Doha dia 6 de maio, em reunião com a elite qatari. Os resultados desse encontro, em minha opinião, são grande, enorme, surpresa. Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o emir do Qatar declarou que muito aprecia a "política regional convincente e coerente da Federação Russa" - o que é altamente surpreendente, em país que não apenas é aliado dos EUA e braço político da Exxon Mobil no Oriente Médio como, também, é 100% adversário da Federação Russa na Síria.

Mas fato é que  a caixa afinal foi aberta: os sonhos dos EUA de inundar o mundo com gás barato são sentença de morte para os sonhos de riqueza infinita do Qatar e sua elite. Sem preços ultra-altos para o gás, o Qatar não apenas perde qualquer esperança de grandeza regional, mas vira, ele próprio, cadáver. Doha reorienta-se rapidamente e já está oferecendo proposta que interessa: "Ao mesmo tempo [o emir do Qatar] enfatizou a importância de acelerar a coordenação do Fórum de Países Exportadores de Gás [orig. Forum of Gas Exporting Countries (GECF)" - cuja próxima reunião de cúpula acontecerá (que coincidência!) no Qatar.

Fórum de Países Exportadores de Gás é organização que inclui Rússia, Irã, Qatar, Venezuela, Bolívia e outros exportadores, e que o Kremlin, por muito tempo, mas sem sucesso, tentou converter em entidade 'do gás', análoga à OPEC. Talvez tenha chegado afinal a hora certa para um potencial cartel de gás. Para começar, os três maiores exportadores: Rússia, Qatar e Irã têm agora interesses muito assemelhados e devem conseguir trabalhar juntos para assumir partilhar e o  mercado e os dutos do gás natural liquefeito. Esse cartel de gás, ainda que em formato reduzido (só com Federação Russa, Qatar, Irã) controlará no mínimo 55% das maiores reservas mundiais de gás e terá oportunidades significativas para influenciar fortemente os mercados de energia da União Europeia e Ásia.

É claro que tal projeto envolverá muitos problemas e enfrentará oposição, não há qualquer garantia de que venha a funcionar. Mas é importante ver que Moscou trabalha ativamente à procura de oportunidades das quais obtenha mais vantagens estratégicas na luta contra os EUA.

Espera-se que agora já esteja bem claro os itens aos quais o Kremlin está dedicando mais empenho - o que está tentando obter da situação ucraniana, e por que são itens que interessam.

Voltemos aos problemas diretamente relacionados à Ucrânia, para constatar que nem a implementação de todos os projetos importantes de política exterior ajudará na des-nazificação de Kiev ou fará com que tropas russas ou o exército rebelde de Novorossia sejam bem recebidos sequer na região central. Se o exército de Novorossia já tem problemas com mobilizar combatentes em Lugansk e Donetsk, trabalhar nas regiões zumbificadas será muito, muito difícil.

Mesmo assim, parece que, para combater ao lado da Federação Russa, logo aparecerão o 'Coronel Fome' e as 'Forças Especiais da Hiperinflação' - que mudarão dramaticamente o equilíbrio do poder.

A economia ucraniana está acabada. Dada a semeadura desastrosa da primavera, as colheitas de legumes destruídas (congeladas), a falta de crédito, problemas com o gás, o salto no preço dos combustíveis, pode-se dizer com segurança que a economia virá como a besta do norte, com toda a força e toda a fúria. Ninguém dará dinheiro à Junta, nem o FMI, que prometeu algo em torno de $17 bilhões (exatamente 50% do que a Ucrânia necessita para esse ano), mas incluiu  no contrato uma "cláusula de escape": se Kiev não controlar as regiões, Kiev não receberá um centavo. Fome, frio e hiperinflação (causada pelo colapso da hryvnia [moeda ucraniana], operarão ativamente para debilitar a Junta e corrigir a mente dos 'generosos' [shchirykh] ucranianos: não passarão a amar a Rússia, mas verão que é fatalmente necessária. E também fatalmente começarão a recordar os tempos de Yanukovych como uma doce era de sonho já hoje inalcançável [por ação da Junta].

O caos inevitável e o total colapso das estruturas sociais, combinados à guerra de baixa intensidade, asseguram que a OTAN não aceitará a Ucrânia, uma vez que a Europa, então, já estará 'nos trilhos' e nem os políticos medianamente moderados dos EUA  farão movimento algum, o que obviamente não levaria a nenhuma vitória norte-americana e só faria arrastar o país para uma guerra atômica.

Além do mais, no contexto de total colapso econômico, para os mineiros, os trabalhadores metalúrgicos e outros camaradas que estão hoje firmemente agarrados aos empregos, por medo de perdê-los e na esperança de "conseguir sobreviver e manter-se sempre (à beira do precipício, mas, pelo menos, não no fundo do precipício)", já não haverá sequer essa possibilidade. Terão de participar de uma forma ou outra, nos problemas políticos e econômicos da Nova Rússia. E provavelmente terão de participar também em armas.

Ao mesmo tempo, Poroshenko-nomeado-pela-Junta, imposto (ao país) pela União Europeia, terá forte incentivo para fazer concessões, para conseguir negociar com Moscou. A nova Comissão Europeia, que precisa de paz no leste e de trânsito estável para o gás, estará empurrando Poroshenko nessa direção.

Poroshenko também será empurrado nessa mesma direção por levantes da sociedades causados pelo Coronel Fome e por Hiperinflação, o Sabotador.

Todos esses fatores, em resumo, abrem grandes oportunidades para o Kremlin reformatar a ex-Ucrânia em algo apropriado aos interesses da Federação Russa. Esse é precisamente o cenário que os EUA tentam evitar; e é por isso que os EUA têm sérias razões para acelerar a translação do conflito para fase 'mais quente', com uso de tropas e derramamento massivo de sangue.

Se se somam o tempo necessário para que a Fome aja, e o tempo necessário para resolver problemas de política externa em termos de estabelecer o trabalho com China, Irã, sair do dólar, substituição de importações, etc. (em termos calculados muito em geral), pode chegar à conclusão de que se precisa de algo bem próximo de 5-9 meses (o que nos leva àquele mesmo dezembro pelo qual Yanukovych tentou negociar) para oferecer soluções à questão ucraniana e outras, de modo a obter vantagem máxima para a Rússia.

Durante esse período, é preciso que se preserve a Ucrânia, no mínimo, num estado de guerra civil (i.e., apoio aos partidos da Nova Rússia, mas não é necessário tomar Kiev depressa demais de modo a não criar problemas adicionais desnecessários) e idealmente, combinado com a guerra civil, negociações prolongadas, enroladas, dentro da Ucrânia, com a participação de observadores internacionais, algo semelhante ao formato 2 +4, quer dizer: Poroshenko + Tsarev + Rússia, União Europeia, OSCE, EUA.

E o toque final. Em meses recentes, os EUA seguraram a rédea de sua prensa de imprimir dinheiro, reduzindo a impressão de papel-dinheiro, de 85 para 55 bilhões de dólares por mês. Muitos e muitos esperam (e.g. http://www.reuters.com/article/2014/04/27/us-usa-fed-idUSBREA3Q08920140427), que a máquina seja completamente desligada até o final desse ano. - Outra vez, o mesmo próximo mês de dezembro. - Isso é impossível, porque o dólar, dado que é a principal moeda internacional, não pode ser impresso indefinidamente.

Segundo várias estimativas, os EUA já usaram quase completamente o "recurso força" do dólar, o que lhes permitiu fazer o diabo com a máquina (financeira). Além do mais, corolário e efeito inevitável desses truques é a redução de juros sobre os papéis dos EUA, o que, por um lado, ajuda Washington a pagar menos por suas dívidas, mas, por outro lado, está destruindo todo o sistema de aposentadorias dos EUA e o sistema de seguros, construído sobre a expectativa de retornos muito diferentes dos seus portfólios.

Em termos muito gerais, é o mesmo que dizer que, à altura do final do ano, os EUA poderão escolher entre explodir o sistema de assistência social para manter a máquina de imprimir dinheiro, ou reduzir enormemente o apetite dos que vivem de imprimir dinheiro, para preservar alguma chance de estabilidade em casa.

A julgar pela redução da quantidade de dólares que está sendo jogada dentro do sistema, Washington decidiu que impedir uma explosão é mais importante que suas ambições de política externa.

Agora, para completar o quebra-cabeças, aqui vão nossas previsões:

- Os EUA tentarão por todos os meios agravar a crise na Ucrânia, para enfraquecer a Rússia e pôr todo o mercado europeu sob seu 'controle', antes de ter de parar as máquinas que imprimem dinheiro.

- O Kremlin tentará traduzir a crise na Ucrânia, da forma aguda para a fase crônica (guerra civil, mais negociações arrastadas, em pleno colapso econômico da Ucrânia). Ao mesmo tempo, o Kremlin usará o tempo para criar condições favoráveis para a transição para a confrontação aguda com os EUA - o trabalho de separar-se do dólar com China, Irã, Qatar, criação da Comunidade Econômica Eurasiana, etc.

- Fim total da crise em dezembro de 2014, possivelmente antes, se os EUA desistirem de tentar exacerbar as hostilidades.

- E se os EUA não desistirem? - Nesse caso... uma grande, grande guerra... guerra por recursos, porque, como já se sabe, o tal 'boom' do gás de xisto/fracking não passava de bolha, das mais ordinárias. *****

 


* Orig. em russo, recomendado e traduzido ao inglês em The Vineyard of the Saker, 1/6/2014, em http://vineyardsaker.blogspot.com.br/2014/06/translation-of-must-read-article-of.html . Aqui se traduz a versão em inglês. Todas as correções e comentários são bem-vindos [NTs]

[1] Telegrama assinado pelo Emb. William J. Burns dos EUA e intitulado " 'Não' é 'não': os russos não admitirão nenhum movimento de ampliação das linhas vermelhas da OTAN" - datado de 1/2/2008 (ing.) [NTs].

[2] Trecho cujo significado metafórico não conseguimos decifrar: "[where to get the needed number of "denazifiers"] in "dusty helmets" (if anyone has forgotten, according to Okudzhava, it was the commissars in dusty helmets that bent over the dead hero of the Civil War)".
30/5/2014, worldcrisis.ru http://worldcrisis.ru/crisis/1516927*

 

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey