Portugal 10 de Abril 21h00 Teatro Malaposta Rua de Angola, Olival Basto Metro Senhor Roubado Tel.: 219 383 100
MANECAS COSTA
Biografia
Manecas Costa nasceu em 1967, em Cacheu, Guiné-Bissau, é Mandjako, cantor, compositor e um guitarrista virtuoso. Em criança teve a felicidade de conhecer José Carlos Schwarz, o mais importante músico da Guiné-Bissau, um encontro que o inspirou a pegar na guitarra. Começou a tocar com 9 anos e juntamente com o seu irmão mais velho, Nelson, criou o grupo Africa-Livre. Aos 10 anos foi convidado a colaborar com a Orquestra Aragon.
Autodidacta, durante a adolescência Manecas Costa era já uma figura conhecida pela sua formidável técnica na guitarra acústica e baixo eléctrico, pela sua voz carismática e apaixonante e pelas suas composições, cujas letras se centram nas tradições, assuntos e preocupações da Guiné-Bissau, muitas delas em questões relacionadas com as mulheres e crianças. É uma pessoa com uma forte consciência social e participou activamente em campanhas dos programas nacionais de vacinação.
Em 1987 foi convidado a participar no festival anual Découverte, organizado pela Radio France Internacional, um importante showcase para os novos talentos de África, Caraíbas e Pacífico, marcando a sua primeira exposição internacional. No mesmo ano, com 20 anos de idade, foi nomeado Embaixador da Boa Vontade, pela UNICEF, em reconhecimento das suas belas melodias e pela importância das letras que compõe. Nesta fase participa em vários festivais em Cabo-Verde, Angola, Itália, Portugal e Coreia do Norte.
Em 1990 decide radicar-se em Lisboa e grava com o apoio da UNICEF Mundo di Femia, o seu primeiro álbum a solo. Este sucesso lança-o numa nova carreira de produtor e arranjador, bem como de cantor e compositor, produzindo muitos discos de artistas africanos residentes em Portugal. Foi guitarrista de Waldemar Bastos, com quem fez tournées na Europa e Estados Unidos e neste período trabalhou de perto com os músicos caboverdianos Bana e Paulino Vieira, tendo igualmente gravado com muitos músicos internacionais incluindo o produtor espanhol Jose Romeo (Mestisay) e o grupo franco-maliniano TAMA (Real World). Produziu o seu segundo álbum Fundo di Matu nos estúdios da EMI, em Lisboa e dois dos temas Ermons di Terra e Fundo di Matu, foram incluídos na compilação Palop África (Sterns music,2001).
Em 2002 fez tourné em Espanha com Sara Tavares e desde então tem actuado em importantes Festivais na Europa e Brasil.
Paraiso di Gumbe saiu em Maio de 2003 pela editora BBC Late Junction, produzido por Lucy Duran e Jerry Boys, gravado parcialmente num estúdio móvel na Guiné-Bissau e em Londres, nos estúdios Livingston. É um álbum acústico e eléctrico que explora os sons vibrantes e crus da Guiné-Bissau, conjugados com a sua inimitável voz e forma de tocar, bem como algumas das suas composições originais mais sublimes.
A Guiné-Bissau é um pequeno país, entre o Senegal e a Guiné Conakry, com uma história importante e uma cultura rica, onde convivem com proximidade diferentes etnias e religiões. Um dos estilos principais na música de Bissau é o Gumbé, um ritmo que fica no ouvido e que é a base da música de Manecas Costa.
Na realidade o Gumbé foi criado inicialmente na Jamaica, no seio das comunidades de escravos e foi reintroduzido na costa oeste africana em 1800.
Bissau foi em tempos o centro do maior reinado mandinga de Kaabu. Foi aqui que o Kora se desenvolveu e ainda hoje é berço de muitos dos seus melhores músicos. Quando a Guiné-Bissau alcançou a independência, em 74, surgiu uma nova e vibrante música trazida entre outros pelo grupo Mama Djombo e pelo guitarrista José Carlos Schwarz, reconhecidos em toda a costa oeste africana.
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