A atriz Halle Berry, 41, diz que se sente frustrada por ainda ser obrigada a convencer os estúdios de sua capacidade como atriz, pelo fato de ser negra.
"Não importa que eu tenha um Oscar, um Emmy, um Globo de Ouro e um Urso de Prata", disse Berry em entrevista em um hotel em Manhattan para promover seu novo filme, "Coisas que Perdemos pelo Caminho", escreve Reuters.
"Eu não deveria ser obrigada a me esforçar tanto para ser reconhecida. Eu deveria poder parar de convencer os estúdios de que sou a pessoa certa para o papel -- isso deveria ser aceito, com base em meu mérito como atriz", disse ela.
Halle Berry foi a primeira mulher negra a receber um Oscar de melhor atriz, em 2002, por "A Última Ceia".
Em seu trabalho mais recente, ela faz o papel de uma viúva que convida um amigo de seu marido para viver com ela e seus dois filhos. Ela o ajuda a superar a dependência de heroína, enquanto o amigo, representado por Benicio Del Toro, a ajuda a refazer-se da morte de seu marido
Berry disse que a primeira pergunta que fez à diretora do filme, a dinamarquesa Susanne Bier, foi: "Você se incomoda com o fato de eu ser negra? Porque isto não foi escrito para uma negra. Acho que isso pode ser um problema aqui".
Ela disse que Bier respondeu: "Ao inferno com sua cor -- isso não interessa".
Mas Bier foi uma exceção. De acordo com Halle Berry, no mundo do cinema "a cor da pele é sempre uma questão levada em conta -- se bem que isso esteja mudando pouco a pouco".
O novo longa estréia nos cinemas norte-americanos em 19 de outubro.
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