O juiz do tribunal do Rio Bonito (Rio de Janeiro) negou, ontem, a libertação da viúva do antigo lavrador Renné Senna, que em 2005 ganhou 52 milhões de reais na Mega Cena , e foi assassinado com quatro tiros, no passado dia 7 de Janeiro, num bar no Norte do Rio de Janeiro . A viúva, Adriana Almeida, ficou sem comida em seu primeiro fim de semana na prisão.
Todas as refeições do almoço para as detentas da 72ª DP (São Gonçalo) chegaram estragadas no sábado.
As presas só puderam comer à noite, quando a empresa fornecedora enviou a janta.
Adriana também não recebeu visitas ontem porque elas foram suspensas. Familiares das outras detentas reclamam que a presença da ex-cabeleireira estaria "atrapalhando a vida" de suas companheiras de prisão.
Segundo o carcereiro, as visitas foram interrompidas porque os parentes da outras mulheres estavam mais interessados em ver Adriana.
"Foi um tumulto enorme. Vim trazer frutas, cigarro e suco para minha irmã, mas disseram que ninguém pode entrar por causa do assédio à viúva. Ela devia estar em Bangu", disse uma mulher.
Após muitas reclamações, parentes entraram e ficaram cerca de uma hora na carceragem. Adriana não foi vista.
Escutas O advogado da viúva, Alexandre Dumans, disse ontem que a liberação de escutas telefônicas dele com sua cliente viola a prerrogativa profissional.
Ele vai encaminhar representação à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para que se manifeste sobre o caso.
Adriana foi presa no início da semana por suspeita de participação no assassinato do marido, o milionário Renné Senna.
Adriana Almeida, que nega ter matado ou participado no crime contra o marido, pediu a sua libertação da cadeia, para onde entrou na passada terça-feira, mas não conseguiu convencer a Polícia, que suspeita que ela encomendou a morte de Renné.
Renné Senna, 51 anos, que amputuo parte das pernas devido a complicações provocadas pela diabetes e por isso deslocava-se numa cadeira de rodas, segundo a edição de ontem do jornal "O Dia", terá conhecido a mulher, com 29 anos, numa casa de prostituição de Niterói (Rio de Janeiro).
Comprou uma fazenda mal lhe saíram os 52 milhões de reais e nela foi viver com a mulher e os seus três filhos. E morreu por causa da sua fortuna. Com base em escutas telefónicas, a Polícia emitiu um mandato de captura de Adriana e de mais três indivíduos por homicídio Anderson Souza, o polícia militar e ex-segurança de Renné Senna, e mais dois ex-seguranças do multimilionário.
A Polícia procura, ainda, a mulher de Anderson, Janaína de Oliveira, e um informador policial, Ednei Pereira, também segurança de Renné. Anderson entregou-se à Polícia na passada sexta-feira, mas, apesar de negar a sua participação no caso, os investigadores suspeitam que ele planeou o crime e participou no tiroteio que matou Renné.
Os quatro seguranças são ainda suspeitos de terem tentado sequestrar o milionário em meados do ano passado e de assassinarem David Vilhena, outro polícia militar também segurança do milionário.
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