Urgências Requerem Medidas Práticas, Não Máscaras
Edu Montesanti
Realmente, é de causar profunda indignação a "profunda indignação" de policiais federais diante da declaração do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de que vai dialogar com o narcotráfico e a milícia no combate ao avanço da COVID-19 no Brasil.
Segundo os agentes federais, o ministro cometeu erro histórico ao reconhecer, como agente do Estado, a existência de poderes paralelos, "A atitude do ministro não tinha precedentes na história do Brasil", afirmaram recentemente policiais, em mensagens trocadas por WhatsApp segundo o Painel da Folha de S. Paulo,
Seria lindo se tais agentes afirmassem que se trata de alguma mentira, o fato de existir Estados paralelos no Brasil - para nem mencionar que o próprio presidente deste nosso puleiro denominado comicamente de República (desde sempre, insclusive nos toscos anos do PT no poder), exerce, outrossim, um poder paralelo através de milicias do Rio de Janeiro. Por que esses policiais federais não vão encher o saco do Bolsonaro? Apenas falta do que fazer, ou excesso de hipocrisia?
Especialmente em um momento extremamente crítico quanto este, que requer atitudes emergencialmente práticas diante da doença que promete trazer crise sanitária, social e econômica como tavez nunca antes na história, nao faz o menor sentido tentar esconder a realidade do domínio de narcotraficantes e milicanos (o senhor Jair que nos diga!) sobre determinadas zonas, ou mesmo sobre o próprio fajuto Estado tupiniquim. Está sendo escrito algum absurdo aqui?!
Agora, se tal realidade é profundamente indigesta, e realmente é, os policiais que sejam mais eficientes. E mais: não há como esconder que os narcotraficantes são os "peixes pequenos" no bilionário negocio que movimenta o País, e faz o mundo girar.
Os chefes do negócio das drogas e das próprias milícias sao politicos, setores das Forças Armadas e exatamente policiais, começando pelas altas patentes. São eles que abrem e fecham fronteiras, mandam prender quem não lhes interessa, providenciam a liberação de seus parceiraos no sujo negócio, que agenciam vendas de armas e de drogas, e que encomendam assassinatos - como o de Marielle Franco.
Aproveitando o ensejo, com todo o mal que causam a milhoes de familias, deve ainda ser observado, diante da proposta do ministro da Saúde, que narcotraficantes possuem muito, muito mais credibilidade em suas respectivas comunidades que agentes policiais - inclusive em termos pessoais, de caráter, a chamada vergonha na cara para nem mencionar em termos de seguranca, em si. E atuam muito mais em prol delas, que o poder sistema politico.
Os porquês disso podem e devem ser discutidos, com certeza uma grande vergonha para o Estado brasileiro terrorista. Porém, basta de se tentar utilizar máscaras no Brasil, e se essa verdade doi assim como doeu para alguns a proposta do ministro Mandetta, que os "moralistas" de sempre atuem para mudar este tenebroso quadro. Seriam muito bem-vindos! Inclusive e sobretudo nas favelas, entre os estados paralelos.
Quando o COVID-19 atingir proporções inimaginavelmente insuportaveis, e chegará este dia no Brasil, que dizer à sociedade sobre os locais mais carentes, no caso de não se dialogar com os parciais donos do Pais agora, com o intuito de coordenar prevenções efetivas? Tentar desculpas, de novo, a fim de não se reconhecer o obvio, e assim não ferir o orgulho de gambés e milicos em geral?! Tenha a Santa Paciência!
Náo é papel de ministro da Saúde, de policial federal nem de jornalisra, nem de cidadão que exerce plenamente a cidadania: o ministro Mandetta está corretíssimo! E que fiquem esses policiais federais, que agora bancam uma onda moralista, lá nas igrejas evangélicas que devem adorar como Bolsonado, fazendo os chacrinhas da indignação mais hipócrita.
Ao invés de fingir que nada existe, tomemos a urgência do momento e vamos começar a falar sério, Brasil?
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:SARS-CoV-2_scanning_electron_microscope_image.jpg
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