Por ANTONIO CARLOS LACERDA
PRAVDA.RU
BRASILIA-BRASIL - Por conta da forma detalhista e centralizadora de governar, visando frear a corrupção, o desvio de dinheiro publico, o tráfico de influência, a extorsão e outros crimes praticados em vários órgãos do governo, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, está sendo alvo de crítica e reclamações por parte de ministros e assessores ministeriais.
As críticas são feitas de forma velada - ninguém se atreve a criticar a presidente abertamente - porque para o 'homem público brasileiro' mais vale estar no poder que ter honra, dignidade e moral.
Ministros do governo têm reclamado de um estilo "detalhista e centralizador" de Dilma Rousseff e atribuem à presidente o atraso em decisões importantes neste final do primeiro ano de mandato.
Na lista de projetos acumulados, há uma série de ações consideradas cruciais ao crescimento econômico. As queixas vão desde lançamentos frequentemente postergados a planos já prontos que voltam às pastas de origem para reformulações.
No governo de uma presidente notabilizada por ser uma "gerente", interlocutores afirmam que a obsessão em descer "ao detalhe do detalhe" acaba por lotar as gavetas de sua escrivaninha.
Inteligente e precavida, a presidente entra e detalhes e centraliza as decisões, certamente temerosa de abrir, ainda mais, a torneira da corrupção ministerial no seu governo. Aliás, a grande verdade de tudo isso é que a presidente Dilma Rousseff está absolutamente certa no seu modo de agir diante de tamanho volume de escândalos de corrupção, desvio de dinheiro (roubo) público, propinas, extosão, e outros crimes que estão ocorrendo em seu governo e cinicamente praticados pelo homem público brasileiro, que não teme ser punido, face se achar acima e fora do alcance da lei.
Se em sendo detalhista e centralizadora, como dizem e reclamam, já aconteceram 'notáveis e memoráveis' escândalos de corrupção, suborno, propina e desvio de dinheiro dos cofres públicos, resultando na derrubada de seis ministros - a excesão de Nelson Jobim, da Defesa, que deixou o cargo por criticar o governo - em apenas dez meses de governo, imagina se a presidente deixasse o 'barco navegar sem timoneiro'!?
O mais novo dos escândalos ministeriais, o do Trabalho, o ainda ministro Carlos Lupi não fica mais que uma semana no cargo, apesar de ter ameaçado e desafiado a presidente Dilma Rousseff dizendo que não deixa o cargo e só sai se for 'abatido a bala'.
ANTONIO CARLOS LACERDA é correspondente internacional do PRAVDA.RU
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