Aumentou-se o risco de ataque de piranhas. Do começo do ano até agora, o corpo de bombeiros de Palmas, no Tocantins, registrou 190 ataques de piranhas, quase 20 vezes mais do que no mesmo período do ano passado, segundo escreve G-1.
Os ataques ocorreram nas margens de um lago, a menos de dez quilômetros do Centro de Palmas. O lago artificial - com mais de 170 quilômetros de extensão - surgiu com a construção de uma usina hidrelétrica, em 2001, que represou as águas do Rio Tocantins.
Pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins já identificaram cinco espécies de piranhas no lago. Eles dizem que uma delas, conhecida como piranha-branca, é a que estaria atacando os banhistas. Ela chega a medir 25 centímetros e é mais agressiva do que as outras. Os biólogos fizeram uma contagem das piranhas antes e depois da construção da usina. E constataram que o número de piranhas-brancas na área estudada dobrou.
Sempre que há mudança de ambiente, principalmente construção de reservatório, é esperado um aumento das populações de piranha, diz a bióloga Elineide Marques, da Universidade Federal do Tocantins.
Para entender o motivo de tantos ataques em Palmas, os biólogos capturaram piranhas, analisaram o estômago delas e descobriram: 38% dos peixes tinham comido arroz cozido. Ou seja, as piranhas estão sendo atraídas por restos de comida deixados pelos próprios banhistas. Outro fator pode estar atraindo as piranhas: o barulho feito pelos turistas na água.
Esta semana, a Prefeitura de Palmas e o Corpo de Bombeiros instalaram uma tela de aço na Praia do Prata, o lugar em que os banhistas foram mais atacados. O objetivo é diminuir a possibilidade das piranhas entrarem na área dos banhistas.
Apesar da barreira, os ataques continuam. Apenas neste domingo (15), seis pessoas ficaram feridas.
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