Uma pesquisa feita nos Estados Unidos acaba de revelar que um simples pedaço de pele num braço humano é quase um ecossistema em miniatura, foram encontradas mais de 200 espécies diferentes, das quais quase 20% parecem ser desconhecidas da ciência. Isso mostrou a análise de amostras extraídas de seis voluntários. Sabe-se pouquíssimo sobre a diversidade de bactérias que habitam a pele humana, principalmente porque é difícil cultivar a imensa maioria desses microrganismos em laboratório.
Foi por isso que a equipe capitaneada por Martin Blaser, da Escola de Medicina da Universidade de Nova York, usou outra estratégia. Eles analisaram diretamente o DNA obtido da pele humana, mirando um gene que varia bastante de espécie para espécie entre os microrganismos - o suficiente para discriminar com bom grau de confiança os vários tipos de bactéria.
Apesar da grande quantidade de tipos de micróbio, os pesquisadores descobriram que algumas poucas espécies estão sempre presentes em grande número na pele de todas as pessoas, enquanto a grande maioria dos microrganismos aparece em pequenas quantidades. A comunidade de micróbios (ou seja, o conjunto deles) também varia bastante ao longo dos meses na mesma pessoa, embora as do braço esquerdo e as do direito sempre se pareçam uma com a outra. Ou seja, trata-se de um ambiente altamente instável, que pode abrigar os mais variados tipos de bactéria dependendo do momento da amostragem.
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