Os informes russos de notícias dizem que o Primeiro Ministro da Rússia, Vladimir Putin, chegou a uma região vizinha da Ossétia do Sul, onde o conflito armado está tendo lugar.
Dizem eles que Putin está visitando a cidade de Vladikavkaz, capital provincial da região da Ossétia do Norte que faz fronteira com a Ossétia do Sul.
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Putin disse numa reunião de trabalho em Vladikavkaz que não consegue imaginar como poderia ser possível fazer-se a Ossétia do Sul tornar-se parte da Geórgia depois disso.
"As ações da Geórgia são criminosas, enquanto que as ações da Rússia são absolutamente legítimas," disse o Primeiro-Ministro russo.
Putin instou para que a administração georgiana cesse imediatamente sua agressão contra a Ossétia do Sul.
"As ações das autoridades georgianas na Ossétia do Sul são obviamente um crime. É um crime contra seu próprio povo, acima de tudo," declarou Putin.
"Um golpe letal foi desfechado contra a integridade territorial da própria Geórgia, o que implica em enormes danos à sua estrutura estatal," enfatizou Putin.
"A agressão resultou em numerosas vítimas, inclusive aquelas entre civis, e praticamente levou a uma catástrofe humanitária," disse ele.
O Primeito-Ministro russo enfatizou que a Rússia sempre tratará a nação georgiana com grande respeito, como nação irmã, a despeito dos atuais trágicos eventos.
"O tempo passará e o povo da Geórgia fará sua avaliação objetiva das ações da atual administração," disse Putin.
Putin acredita que a aspiração da Geórgia a tornar-se membro da OTAN não está baseada no desejo da Geórgia de tornar-se parte do sistema internacional global de segurança e de contribuir para o fortalecimento da paz internacional.
"Baseia-se numa tentativa da administração georgiana de levar outros países a envolver-se nessas atividades sanguinárias," disse ele.
As ações da Rússia na Ossétia do Sul são absolutamente fundamentadas e legítimas, disse Putin.
"Com base em acordos internacionais, inclusive o acordo de 1999, a Rússia não apenas executa funções de pacificadora como está obrigada, no caso de uma das partes quebrar o acordo de cessar-fogo, a defender a outra parte, que é exatamente o que estamos fazendo no caso da Ossétia do Sul," declarou Putin.
A Rússia vem há muito tempo desempenhando um papel positivo e estabilizador no Cáucaso, disse Putin.
"Entendemos perfeitamente o mundo no qual vivemos hoje. Lutaremos por solução equânimes e pacíficas de todas as situações conflitivas, que herdamos do passado," disse o chefe do governo russo.
O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, disse ao Presidente dos Estados Unidos George W. Bush que a Geórgia terá que tirar suas forças da Ossétia do Sul a fim de haver a cessação das hostilidades ali.
O Kremlin diz que o Presidente Dmitry Medvedev disse a Bush, numa conversa pelo telefone no sábado, que a Geórgia precisará também assinar um acordo impositivo de obrigação legal de renúncia ao uso da força.
Medvedev expressou a esperança de que os Estados Unidos possam ajudar a encaminhar a Geórgia nessa direção, e disse que a Rússia teve que agir para proteger seus cidadãos e fazer cumprir a paz.
A Geórgia, na sexta-feira, lançou maciço ataque para retomar o controle sobre a Ossétia do Sul. A Rússia reagiu enviando tanques e tropas e bombardeando território georgiano.
Bush instou por imediata cessação da violência e relaxamento de todas as tropas.
Forças militares da não reconhecida república da Abcásia lançaram ataques aéreos e de artilharia, no sábado, para desalojar tropas georgianas de sua cabeça-de-ponte na região, disseram autoridades.
Sergei Shamba, ministro do exterior do governo da Abcásia, disse que as forças abcasianas visavam a expulsar forças georginanas do Desfiladeiro Kodori. A parte norte do desfiladeiro é a única área da Abcásia que permanece sob controle do governo da Geórgia.
Shamba disse que a manobra abcasiana foi motivada pela ação militar da Geórgia para retomar o controle da Ossétia do Sul, que começou na sexta-feira. Ele disse que a Abcásia teve que agir porque tem um tratado de amizade com a Ossétia do Sul.
A Rússia tem estreitos laços com ambas as repúblicas não reconhecidas e concedeu passaportes russos à maioria de seus residentes.
O secretário do Conselho de Segurança da Geórgia Alexander Lomaia disse que os edifícios administrativos georgianos no Desfiladeiro Kodori haviam sido bombardeados, mas responsabilizou a Rússia pelo ataque.
Em 2006, forças georgianas moveram-se para a parte mais alta do Desfiladeiro Kodori para desarraigar membros de uma milícia desafiadora. Posteriormente a Geórgia estabeleceu uma administração local formada de pessoas que haviam fugido dos combates na Abcásia.
Autoridades abcasianas e russas disseram acreditar que a Geórgia pretenda lançar uma ofensiva a partir dali para retomar a Abcásia, e exigiram a retirada das tropas georgianas da área.
Shamba disse que as forças abcasianas tiveram que agir porque esforços diplomáticos para resolver a disputa a respeito da presença da Geórgia no desfiladeiro haviam falhado. "As forças georgianas no Desfiladeiro Gorge representavam uma ameaça real," disse Shamba.
Autor do post : Murilo Otávio Rodrigues Paes Leme
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