Rússia chocada com vídeo da execução

Procuradoria-Geral da Rússia iniciou uma investigação para determinar a autencidade de um vídeo que mostra dois homens “um tadjique e um daguestanês” executados cruelmente por extremistas de direita, com bandeiras nazistas ao fundo, informa Ria-Novosti. "Somos prisioneiros dos nacionais-socialistas russos", afirmam no vídeo as duas vítimas, antes de serem cruelmente executadas.

O vídeo, que foi colocado primeiramente no síte LiveJournal.com registrado nos EUA , mostra um homem que parece estar sendo decapitado. O outro é aparentemente morto com um tiro.

 A Rússia nunca viu filmagens de assassínios tão cruéis e com tantos pormenores, nem mesmos os que foram feitos na Chechénia ou divulgados pelos extremistas muçulmanos da Al –Qaeda. O vídeo de duração de 2 minutos e 42 segundos foi extraido da internet russa às 14 horas da segunda-feira, mas milhares de internautas o baixaram.

Daguestão é a república russa localizada em Cáucaso, e Tajiquistão é a ex-república soviética que envia muitos emigrantes à Rússia em busca de trabalho.

Outros dois homens usando máscaras e roupas camufladas aparecem fazendo gestos nazistas antes da cena do suposto assassinato.

A porta-voz do ministério do Interior da Rússia, Irina Zubareva, disse à agência de notícias RIA- Novosti que as autoridades estão investigando o vídeo que foi colocado na internet.

"Como resultado da investigação, empregados da diretoria descobriram que os servidores que hospedam o vídeo das supostas execuções das duas pessoas estão em países estrangeiros", disse Zubareva.

Alexandre Belov, dirigente nacionalista do Movimento Contra a Imigração Ilegal, considera que se trata de "uma provocação", considerando que tudo não passa de uma "encenação".

 Hoje (15) um homem, membro da organização nacionalista “ União de eslavos da Adygeia” rendeu-se à polícia da república russa de Adygeia, confessando sua participação na divulgação do vídeo , que teria sido recebido de uma desconhecida por correio electrónico, informaram as autoridades locais. 

 Por Lyuba Lulko


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