Arquivos confirmam que o filho de José Estaline morreu num campo de concentração nazi.
Nos arquivos do Serviço Federal de Segurança (FSB, ex-KGB) da Rússia há confirmações documentais suficientes de que Iakov Djugachvili, filho de José Estaline, foi realmente feito prisioneiro plos alemães, anunciou ontem (08) Vassili Khristoforov, chefe dos arquivos do FSB.
Nos arquivos há numerosos testemunhos de pessoas que estiveram com Iakov na prisão fascista declarou Khristoforov, acrescentando que o filho de Estaline se comportou de forma digna.
Porém, Khristoforov sublinhou que os serviços secretos alemães poderiam ter utilizado as notas dos interrogatórios do filho de Estaline para a sua propaganda e para a organização de diversas provocações contra a União Soviética no período da Grande Guerra Pátria.
Segundo a historiografia oficial soviética, o primeiro tenente Djugachvili, comandante de artilharia, foi feito prisioneiro em Junho de 1941 na Bielorrússia por tropas alemãs e foi internado num campo de concentração. Em 1943, encenou uma fuga e foi fuzilado pela guarda nazi.
Porém, recentemente, o historiador russo Serguei Deviatov, que ocupa o cargo de chefe do Centro de Imprensa do Serviço Federal da Guarda (FSO), organização encarregada de garantir a protecção dos dirigentes russos, anunciou que os arquivos nacionais e internacionais, nomeadamente o arquivo da família de Estaline, confirmam indirectamente a versão de que o filho mais velho de Estaline não foi feito prisioneiro durante a Grande Guerra Pátria.
Segundo o cientista, os alemães poderiam ter encenado a prisão do filho de Estaline.
Existem cerca de 10 fotografias de Iakov Djugachvili na prisão continua Deviatov. Os especialistas de um dos centros do Ministério da Defesa analisaram-nas. Trata-se de fotomontagens bem feitas. O mais provável é que tenham sido utilizadas as fotos que foram encontradas no cadáver do primeiro tenente Djugachvili.
O historiador fundamenta também a sua tese com o facto de não existir sequer uma imagem de Djugachvili filmada durante o seu cativeiro no campo de concentração nazi.
Porém, Deviatov deixou de lado os protocolos dos interrogatórios do filho do ditador soviético, bem como a certidão de óbito passada no campo de concentração de Saxenhauzen e os testemunhos dos guardas.
Há três anos atrás, a filha de Iakov, Galina, que actualmente reside em Moscovo, ofereceu cópias desses documentos ao Arquivo Nacional de Washington.
Fonte JM blog da Rússia
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