O ministro da Defesa da Rússia, Serguei Ivanov, concederou neste domingo uma entrevista à televisão nacional, na qual declarara que nas suas baixarias o regime de Saakachvili havia excedido todos os limites civilizados racionais.
"Suponho que a reação da Rússia foi adequada. Adequada, porque não tomamos as decisões que o Governo georgiano certamente esperava da nossa parte. De uma maneira geral, países independentes e, sobretudo, soberanos não são assim tão numerosos no mundo. Todos sabem, por exemplo, que a Fundação Soros, uma organização não governamental estrangeira, paga os ordenados a todos os dirigentes georgianos. Depois disso, acho que não se pode falar sequer em coisas como soberania e defesa dos interesses nacionais. Quanto às conversas no sentido de estar a Rússia se vingando ou tentando náo admitir a Geórgia a umas determinadas instituições euro-atlânticas, são uma bobagem total", disse Ivanov.
" Os dirigentes da Geórgia têm pleno direito de decidir quais as organizações para ingressar e para não ingressar. Outra coisa é que nós não temos a obrigação de custear essa intenção do Governo georgiano " acentuou Serguei Ivanov.
Quanto aos conflitos no território da Geórgia, provocados pela intenção da Abkázia e Ossétia do Sul, suas regiões autônomas, para sair do seu quadro estatal, o ministro russo proclamou: Não estamos anexando nada e não nos propomos juntar esses territórios à Rússia.
Observou, porém, que nos últimos 15 anos o próprio Governo georgiano com sua política em relação às regiões autônomas tudo fez para expulsá-las. Serghei Ivanov relembrou que na Abkházia e na Ossétia do Sul está estacionado um contingente militar de paz russo e que a quase totalidade da população dessas duas Repúblicas autoproclamadas, ou seja, 90 por cento, são cidadãos da Rússia.
"E se o Governo georgiano atacar nossa força de paz, os cidadãos russos nessa zona, se lá se levantar uma onda de limpezas étnicas e genocídio, a Rússia não permanecerá indiferente", asseverou o primeiro-ministro adjunto e ministro da Defesa da Rússia.
Com Voz da Rússia
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