O ministro dos Negócios Extrangeiros da Rússia Serguei Lavrov, ontem após reunir-se com sua colega israelense Tzipi Livini em Moscou, destacou que a Rússia usa os contatos privilegiados no Oriente Médio, em particular com o Hamas, para tentar obter a libertação do militar israelense.
"O mais importante por enquanto é conseguir a libertação do militar israelense sequestrado e, através de todos os meios de que dispusermos, nos esforçaremos para conseguir este objetivo", disse Lavrov.
Lavrov não precisou quais eram os canais utilizados. A imprensa russa havia estimado que Moscou poderia aproveitar os contactos estabelecidos com o Hamas, em especial depois da chegada do movimento islamita а chefia do governo palestino.
"Moscou teria acesso direto ao homem que, segundo informações dos serviços especiais israelenses, deu pessoalmente a ordem de atacar o posto de controle de Israel e sequestrar Gilad Shalit. Trata-se do líder político do Hamas, Khaled Mechaal", publicou ontem o jornal russo Kommersant.
Mechaal vive em Damasco, ele visitou a Rússia, que é membro do Quarteto para o Médio Oriente , no começo de março. O Kommersant afirmou que os dirigentes russos já entraram em contato con Mechaal.
Segundo a agência "Interfax", Livni disse que Israel "não cederá ao terror" e que o Hamas é "uma organização terrorista que chegou ao poder através de eleições".
"Mas as eleições não são uma lavadora, onde uma organização terrorista usa e fica limpa. O terror é o terror. Israel se segurou durante muitos anos, enquanto suas casas e escolas eram bombardeadas por mísseis palestinos", ressaltou.
A ministra israelense admitiu que esteve a ponto de cancelar sua viagem a Moscou devido ao ultimato apresentado pelos seqüestradores do soldado, mas disse que decidiu cumprir a visita em vista do "importante papel da Rússia" na resolução da crise.
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