Na sexta-feira passada a Assembleia Parlamentar da OSCE passou uma resolução comparando o Estalinismo com o Nazismo. Rússia respondeu hoje, considerando inaceitável a distorção da história por fins políticos.
Foi Vilija Aleknaite-Abramikiene, da Lituânia, que escreveu a proposta Reunificação da Europa Dividida, pedindo uma condenação de Nazismo e Estalismo, como se fosse a mesma coisa. E foi a Eslovénia que secundou a moção, aceite por uma maioria esmagadora da assembleia. Mas isso não fica assim.
Vamos a seguir apontar a história da Lituânia durante o período Nazista e vamos ver também se a Eslovénia não tem esqueletos no armário. Nas edições posteriores deste jornal, vamos examinar caso a caso a história, e os massacres perpetrados, dos países que assinaram esse documento e vamos chegar a uma conclusão: duas pessoas podem dançar o Tango. Se querem insultar a Rússia, que como membro da União Soviética perdeu mais que 26 milhões de filh@s derrotando o Nazismo, então vamos também lembrar não só alguns incidentes que marcaram a história, selectivamente, mas todos.
A sessão da OSCE aprovou a resolução lituana-eslovena na sexta-feira dia 3 de Julho. Dos 320 membros da assembleia, oito votaram contra e houve 4 abstenções. Há planos para comemorar as vítimas de Nazismo e Estalinismo no dia 23 de Agosto, dia em que foi assinado o Tratado Molotov-Ribbentrop há setenta anos, baseado nesta resolução, que refere a dois regimes totalitários, o Nazista e o Estalinista, que implementaram genocídio, violações de direitos humanos, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Vamos apresentar no dia 23 de Agosto umas verdades. Até lá, vamos publicar os factos acerca da história dos países que apoiaram essa resolução, e no final das contas vamos traçar as nossas conclusões.
Podemos começar, por exemplo, com os promotores da resolução, Lituânia e Eslovénia. Na Lituânia, enquanto os russos e soviéticos perdiam mais que 26 milhões de almas a destruir o Fascismo-Nazismo, as autoridades instalaram os campos de extermínio-colaboracionistas de Kovno (Kaunas), Kauen, Slobodka, HKP (Vilna) e Prawienischken, onde foram massacrados entre 135.000 e 220.000 pessoas. Começaram já antes da ocupação Nazista no dia 24 de Junho de 1941, com grupos de fascistas lituanos a atacarem Judeus em Kovno. Durante a ocupação, os auxiliares lituanos da Einsatzgruppe e a Polícia de Segurança da Lituânia perpetraram actos de chacina. Genocídio, violações de direitos humanos, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Passando agora para a Eslovénia, o Slovensko Domobranstvo, SD, foi uma força colaboracionista, formada pelo General Rosener da SS Nazista e que perpetrou atrocidades mais cruéis ainda que os SS. Os Domobranci (membros desta organização) auxiliaram os Nazistas contra seus próprios compatriotas. Será que o esloveno que apoiou a resolução da OSCE é um Domobranec? Genocídio, violações de direitos humanos, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
Nas próximas edições, vamos passar pente fino sobre a história dos países membros da OSCE que votaram a favor da Resolução, comparando o país que perdeu 26 milhões de vidas a combater o Fascismo com o agressor Nazista.
A Europa ocidental, deveras, é doida.
Foto: Poster anti-semita emitido pelas autoridades da Lituânia durante a Grande Guerra Patriótica.
Timothy BANCROFT-HINCHEY
PRAVDA.Ru
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