SIM AO ABORTO

É necessário que ocorra algo desastroso ou um crime que vitime alguém importante como ao episódio da freira Doroty Strang, para que a mídiia noticie e, conseqüentemente, chame a atenção da opinião pública e para que a mesma volte-se para a discussão de temas delicados.

Por exemplo: é necessário que um menor assassine alguém importante para que o tema da redução da maioridade penal seja discutido.

Infelizmente no que concerne a este caso, os menores infratores têm assassinado apenas pessoas sem expressão e, mesmo que, por exemplo, um menor de 15 anos já possua 10 ou mais mortes no currículo, de acordo com a legislação atual, em 3 anos ele estará livre.

O caso dos recém-nascidos que foram abandonados em Belo Horizonte, não leva a discussão alguma sobre qualquer tema eis que os abandonos foram resultado de irresponsabilidade das mães, entretanto, deveria haver uma discussão sobre a legalização do aborto sem restrições.

A imprensa noticiou o caso simplesmente pelo modo absurdo com que um dos recém-nascidos foi abandonado ou seja, boiando numa lagoa, mas certamente todos os dias, milhares são abandonados das mais diversas formas imagináveis; sem mencionar os milhares que são abortados em clínicas clandestinas ou através de técnicas conhecidas do grande público ou medicamentos, sendo que as pessoas que recorrem a estes métodos podem ser vítimas de uma infecção ou algo similar.

Em vista disso, deve-se sim ser legalizado o aborto no Brasil, para que mulheres que não desejam a gravidez, muitas delas menores inexperientes, tenham a possibilidade de comparecer a uma instituição oficial com toda a segurança e higiene para que possam interromper a gravidez indesejada, embora instituições oficiais no Brasil, não sejam sinônimo de segurança ou higiene.

Quanto ao aspecto religioso, obviamente que nenhuma religião aceita a interrupção da gravidez,. Os católicos que apesar de estarem perdendo fiéis no Brasil ainda é uma força política muito forte, mas felizmente, parece que a Igreja Católica tem sido desafiada em nme do bom senso, como no caso da aprovação do projeto que permite a pesquisa com células-tronco embrionárias que, para os católicos, é uma espécie de aborto, pois para que se faça a pesquisa é necessário destruir-se o embrião.

A questão se é correto ou não, interromper-se a gravidez, é relativo, pois para determinadas pessoas é uma questão de consciência, para outras, contudo, que procedem dessa forma, ate mais de uma vez, é algo normal e é para estas pessoas que deve ser descriminalizado o aborto e assegurado o direito a recorrer a uma instituição oficial para tanto.

Jose Schettini Petrópolis BRASIL

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