Desde o ano de formação da Brigada Victor Jara, 1975, muitas lutas, canções, músicos e palcos se passaram. Nomeados em memória do cantor chileno com o mesmo nome, morto pelos militares após o golpe de Pinochet, no Chile, em 1973, este grupo recolheu músicas de todas as regiões portuguesas, reflectindo a diversidade com canções ritmadas do Norte, belas harmonias do Alentejo e até influências do estrangeiro trazidas por emigrantes de lugares tão contrastantes como o Norte de África e a Escócia.
A comemorar três décadas de carreira, a Brigada Victor Jara lança hoje «Ceia Louca» com que pretende retomar o percurso europeu que, em tempos, dominou, comunica O Primeiro de Janeiro. O balanço é positivo e a vontade de continuar grande. Para festejar 30 anos de carreira, o grupo de Coimbra contou com convidados de gerações e géneros bem distintos. Jorge Palma, Manuela Azevedo, Carlos Medeiros, Vitorino Salomé, Lena DÁgua, Catarina Moura e Segue-me à Capela, Cristina Branco, Carlos Medeiros, Rita Marques, Janita Salomé e Carlos do Carmo são cúmplices e parceiros neste registo que, segundo Manuel Rocha, marca um momento histórico no percurso da Brigada Victor Jara.
Trinta anos depois de sonharem em mudar o mundo em três dias, ditavam as previsões da época, a Brigada Victor Jara conquistou um lugar na música portuguesa graças a um percurso perseverante. Manuel Rocha desvenda o segredo: Não é o da longevidade, mas o da rendição das gerações. Já passaram por aqui mais de 50 músicos, esclarece o membro mais antigo.
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