MÁRMORE E GRANITO

Quando foi realizada no Estado a primeira Feira Internacional do Mármore e Granito, em Cachoeiro de Itapemirim e, reunindo apenas 30 expositores , em sua maioria do próprio Estado, não se poderia adivinhar que a 17ª Feira Internacional do Mármore e Granito, em tão pouco tempo se transformasse verdadeiramente num acontecimento internacional de ponta, institucionalizando o Espírito Santo como sede da segunda feira do mundo em importância e que caminha com desenvoltura para ocupar muito breve a primeira colocação.

A iniciativa ganhou tanta expressão que, desde o ano passado, passou a ter dois segmentos, sendo o tradicional em Cachoeiro e o mais recente em Vitória capital do Estado, que sediou a 17ª Feira no período de 10 a 13 de Fevereiro , sustentando os dois eventos um movimento anual da ordem de 250 milhões de dólares na antevéspera de um faturamento em 2007 de 350 milhões de dólares em exportações, respondendo o Estado por mais de 50% do total do país. .

Em Fevereiro o Espírito Santo e a Feira hospedaram 320 expositores, respeitado o percentual de 35% de grandes grupos internacionais, provocando a presença de 2.500 estrangeiros. Somente em termos da representação italiana registrou-se a presença de 35 grandes corporações, ao lado de mais 76 participantes e expositores de todos os continentes, ocupantes de uma área de exposição com 32 mil metros quadrados, em três pavilhões, sendo um climatizado. No segmento de visitação vale o registro de 30 mil visitantes em apenas quatro dias de Feira.

Este ano, concluída, com êxito a Feira realizada na capital do Estado, já se pode apontar a segunda edição, programada para Agosto em Cachoeiro de Itapemirim, como a chave de ouro do segmento de rochas ornamentais, onde o Espírito Santo surge como o maior produtor e exportador do Brasil.

O segmento de rochas ornamentais em termos mundiais representa 67,5 milhões de toneladas anuais, sendo 39 milhões relativas ao mármore e 25 milhões a granitos, sem deixar de registrar os 3,5 milhões de toneladas de ardósia. Toda esta fantástica produção é liderada pela China, Itália e Índia, principais produtores e exportadores.

O Espírito Santo mudou completamente o critérios de suas exportações, deixando em queda a exportação de rochas silicáticas (brutas) para priorizar, com alta tecnologia e parcerias, a produção de produtos acabados, agregando expressivos valores à sua pauta de exportações. Neste cenário o Estado ocupa a posição de liderança no ranking nacional de exportações de rochas ornamentais, respondendo, respectivamente, por 52,4% das exportações brasileiras e por 54,3% da receita apurada com a transação de rochas processadas, ficando com 46,4% do faturamento das exportações brasileiras de rochas silicáticas.

Dos 1,6 mil teares instalados no Brasil, cerca de 1,1 mil estão instalados do E.Santo e o norte capixaba pode ostentar a posição de maior possuidor de lavras do mundo. Dos 6 milhões de toneladas produzidas no país, mais de 50% são de procedência capixaba em termos de mármores e granitos , ficando, ainda, com 65% do total da capacidade brasileira de beneficiamento de rochas processadas, segundo registra o geólogo Cid Chiodi Filho, consultor da Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais. Detendo tantas condições para ampliar suas exportações para o mundo, o Espírito Santo revela-se uma das melhores opções de investimento no segmento de rochas ornamentais, abrindo espaço para o incremento de negócios para a Alemanha, quarto mercado mundial de consumo de rochas e, sem dúvida , voltando-se para entrar nos mercados tradicionalmente sob o controle da Itália, China e Índia, graças a alta qualidade e diversidade de suas jazidas.

J.C.Monjardim Cavalcanti ([email protected])

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