Estação Leopoldina melhor da África

Back2Black transforma a Estação Leopoldina no melhor da África

Por Redação - Rádio Gospel FM

O evento Back2Black em sua 4ª edição transformou a Estação da Leopoldina no melhor da Àfrica. O Festival que celebra a influência da cultura africana no Brasil, já demonstra que o festival deste ano será um sucesso. Martinho da Vila, ao lado da filha Mart´nalia, cantou as músicas do seu mais recente trabalho, "Martinho da Vila 4.5 Atual", com regravações do repertório de seu primeiro LP, "Martinho da Vila", de 1969. Para comemorar os 45 anos de carreira, no palco do Back2Black, Martinho teve ainda a companhia de Riachão, Tito Paris, Manecas Costa e Virginia Rodrigues.

Martinho começou o show chamando ao palco a "amiga de Salvador", Virginia Rodrigues, que emocionou o público com o Canto de Iemanjá, de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Martinho lembrou que o Back2Black está acontecendo na semana do Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, e desejou muito axé a todos.

"Este festival é muito importante, porque é um encontro de culturas irmãs e me sinto muito confortável de estar aqui, já que eu e um grupo de amigos fazíamos parte de um segmento que já pensava neste intercâmbio quando não existia, aqui no Brasil, nenhum evento como esse", comentou Martinho da Vila, que vai participar neste sábado, dia 24, da primeira conferência, cujo tema vai ser "A origem do samba, a presença do samba na literatura brasileira, e dos poetas e escritores no samba", ao lado de Nei Lopes e Paulo Lins.

Nem deu tempo do público respirar depois do show de Martinho, porque a nigeriana Nneka já se preparava para subir ao palco. Ela foi considerada, segundo o jornal inglês Sunday Times, uma das melhores cantoras de soul da atualidade e trouxe para o palco Estação do Back2Black os sucessos de seu quarto disco, "Soul is Heavy", lançado este ano. Em seu repertório, músicas que refletem os anos em que viveu em seu pais de origem, onde mora atualmente, e no tempo em que viveu na Europa.

Nneka é um bom exemplo do espírito do Back2Black: é filha de pai nigeriano e mãe alemã, suas músicas são escritas em inglês e no dialeto igbo e tem como inspirações para suas músicas os ritmos que vão desde o reggae até afrobeat. As grandes referências de Nneka na música são o Fela Kuti, Bob Marley, Mos Def, Talib Kweli e Lauryn Hill, que encerrou os shows do primeiro dia do Back2Black.

Lauryn Hill, uma das mais belas vozes da música soul, foi a última atração da noite. No set list da artista, que chegou a vender 19 milhões de cópias do primeiro disco solo, "The Miseducation of Lauryn Hill", foram programadas 13 músicas e mais três no bis. Mais do que simples cantar, ela incendiou a Leopoldina com novas roupagens para as músicas e apresentou um som mais pesado, mais "pegado". Lauryn Hill preparou uma surpresa aos fãs brasileiros: ela incluiu, para este show no Back2Black, a nova "Black Rage", da turnê que ela faz ao lado do rapper americano Nas. Para completar, chamou o rapper brasileiro Gabriel O Pensador ao palco para participar.

Flavio Renegado, que vai se apresentar neste sábado, às 21h, no Palco Petrobras, comentou que este primeiro dia de show do festival foi um presente, já que é fã de muitos dos artistas que passaram pelo palco principal.

"Estou muito feliz de participar do Back2Black, que é o maior festival de arte negra do mundo e fazer parte desse time é uma honra. Ganhei um grande presente na noite de hoje em poder assistir aos shows da Lauryn Hill, que eu curto desde a adolescência, e da Nneka, que eu acompanho desde o início da carreira", disse Renegado, que contou também as suas expectativas para a apresentação deste sábado:

"Acho que a minha maior contribuição vai ser de poder passar a mensagem do rap e seus fundamentos. A minha intenção é fazer as pessoas felizes", concluiu o artista, que participou da edição de Londres do festival que aconteceu em junho deste ano.

E o público, que lotou a Estação Leopoldina na primeira noite do Back2Black, foi embora ao som do DJ Ricardo Imperatore, que criou o boTECOeletro, melhor disco eletrônico do Brasil em 2005.

(*) Com informações do Back2Black

 

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