Nova ferramenta possibilita visitas virtuais aos acervos de 17 museus de renome internacional com a mesma tecnologia do Google Street View.
Em colaboração com 17 museus e galerias de nove países, o Google lançou nesta terça-feira (01/02) a plataforma Google Art Project, para o qual utilizou a tecnologia empregada anteriormente no mapeamento de cidades. O objetivo é permitir visitas virtuais ao seleto grupo de instituições participantes.
As câmeras que equipavam os carros de filmagem do Google Street View foram levadas pela primeira vez ao interior dos edifícios e posicionadas sobre carrinhos, a fim de gerar as visitas virtuais em 360º, compostas por até 6 mil fotos panorâmicas.
Ao todo, o projeto (www.googleartproject.com) permite o acesso online a 350 salas de exposição, contendo 1.061 obras de 486 artistas, e possibilita a criação de uma coleção virtual particular. Além disso, cada uma das 17 instituições selecionou uma obra especial, que pode ser visualizada através de uma imagem de altíssima resolução, tornando visíveis detalhes que passariam despercebidos a olho nu.
Cada uma dessas imagens especiais possui cerca de sete bilhões de pixels de resolução e levou entre quatro e oito horas para ser capturada. Segundo Nelson Mattos, vice-presidente de engenharia do Google para Europa, Oriente Médio e África, trata-se de um "grande progresso no modo como muita gente vai interagir com esses tesouros".
Entre as instituições participantes estão o Museu de Arte Moderna (MoMA) e a Frick Collection, de Nova York; a Alte Nationalgalerie e a Gemäldegalerie (Pinacoteca), de Berlim; a Tate Britain e a National Gallery, de Londres; os museus Reina Sofia e Thyssen-Bornemisza, de Madri; bem como o Palácio de Versalhes, na França, o Museu Van Gogh, de Amsterdã, e o Hermitage, de São Petersburgo.
Projeto não é concorrência para museus
Os coordenadores do projeto relativizaram acusações de que disponibilizar as obras virtualmente diminuiria o interesse em visitas aos museus e galerias. Pelo contrário, eles sustentam que o projeto aumentará a visitação. "Nossa experiência mostra que, quando as pessoas pegam o gostinho, elas querem ver a imagem de verdade", argumentou Nicholas Serota, diretor da londrina Tate Britain.
Ele também rebateu acusações de que disponibilizar imagens detalhadas do espaço físico dos museus e galerias na rede seria fornecer informações importantes a potenciais ladrões de obras de arte. "Se você realmente pensa em roubar uma pintura, ir ao museu é provavelmente a melhor maneira de checar seu sistema de segurança", disse Serota.
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