Universidade Carnegie Mellon desenvolve ferramenta de tradução de crioulo haitiano
Objetivo é promover uma atuação mais eficaz dos voluntários que se encontram no Haiti
Zanmi mwen malad.
Mwen se doktè. M pa konnen kote li ye?
Se um simples diálogo como este ( O meu amigo está doente. Eu sou médico. Onde é que ele está? ) não se conseguir realizar, a ajuda dos profissionais de saúde à população haitiana, apesar de não ser inviabilizada, torna-se mais difícil e morosa.
Um dos problemas que os voluntários estão a enfrentar no Haiti é mesmo a dificuldade de comunicação. Apesar da língua oficial daquele país assolado pelo sismo ser o francês, a maior parte da população exprime-se em crioulo haitiano, ou créole, um idioma quase impenetrável para quem não fala francês.
Por isso, o Instituto de Tecnologia da Linguagem (LTI) da Universidade de Carnegie Mellon está a desenvolver um sistema de dados que possibilita a tradução para o inglês de palavras que são fundamentais para a atuação eficaz dos voluntários.
Utilizando as mais recentes tecnologias ao nível da tradução, a equipa está a trabalhar desde o dia do 12 de Janeiro, quando se deu o sismo, para atualizar a
Esses dados disponibilizados tanto em formato verbal como textual foram cedidos a uma equipa de investigação da Microsoft que começou a desenvolver um sistema experimental e web-based de tradução.
A associação sem fins lucrativos Tradutores Sem Fronteiras (Traducteurs sans Frontières) pretende distribuir um dicionário com vocabulário médico junto dos profissionais que estão no Haiti, logo que os dados divulgados sejam convertidos para um formato legível.
O investigador do LTI Robert Frederking explica que dada a pobreza no país, ninguém vai lucrar com este sistema de tradução . O que interessa aqui, sublinha, é destacar que os sistemas de tradução podem ser uma ferramenta importante não só para aliviar o trabalho dos voluntários envolvidos em situações de emergência, mas também no processo de reconstrução do país, a longo prazo .
http://www.speech.cs.cmu.edu/haitian/
base de dados que tinha já sido criada no final dos anos 90.Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter