Ela não é como uma fortaleza guarnecida de soldados. Nem mesmo uma casa segura. Todos os dias sabemos de fatos que acontecem com a vida dos outros. A nossa continua a incógnita da equação que a ciência, a filosofia e a religião desconhecem.
A ciência conhece pouco, muito longe está a medicina de entender o corpo humano, por mais progresso que tenha nos dias atuais. Da existência, nem é bom pensar. Cega.
A filosofia acompanha o pensamento humano, e mesmo os mais sábios não se atrevem a afirmar com a convicção necessária o problema do existir. Na verdade, não foram poucos os filósofos que criaram teorias ou até mesmo hipóteses sobre o nosso bem maior. Qual deles explicou o assunto?
A questão cai, desta forma, para a apreciação religiosa, que não deixa de ter uma ligação com a filosofia.
Para a maioria das religiões, a Vida foi dada por Deus. A questão complica. Temos um sem-número de religiões, e cada uma delas o seu modo bem particular de entender tanto a Vida, como Deus. Um exemplo simples e talvez tolo. A Igreja Cristã não é unificada. O Natal russo é no dia 7 de Janeiro, pois não segue o calendário que adotamos, o gregoriano, mas o Juliano.
O povo russo é extremamente religioso, cristão ortodoxo. Com uma licença, diria que em São Petersburgo, antiga capital, têm quase tantas, senão mais, igrejas do que em Salvador, Bahia.
O Budismo, o Islamismo, o Espiritismo, e também nossas vertentes afro-religiosas, seguem a regra. Falam, cultuam, meditam, mas calam quando se deparam com a tênue Vida, o paradoxo da vitória da consciência do existir com o mistério que ninguém é absolutamente nada.
Somos energia, não há como negar. E ela não se perde.
Jorge Cortás Sader Filho
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