No último final de semana ao menos doze recém-nascidos morreram na Santa Casa da Misericórdia de Belém, a maior maternidade pública do Pará. O Ministério Público do Estado vai pedir explicações oficiais sobre os óbitos, de acordo o Diário Grande ABC.
As crianças estavam internadas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal da unidade de saúde. O hospital divulgou uma nota negando a possibilidade de erros médicos ou problemas de estrutura na unidade. Segundo o documento, todos os bebês tinham graves problemas de saúde ou eram prematuros.
"Os bebês que faleceram eram prematuros extremos e com má formação", diz a nota. "O número de óbitos está de acordo com a taxa aceita pela OMS (Organização Mundial de Saúde), cerca de 50% do total de leitos da unidade", complementou.
A instituição argumentou, ainda, que muitas das gestantes internadas no local têm menos de 18 anos (casos considerados de maior risco), além de muitas pacientes do interior que recorrem ao hospital apenas para fazer o parto, sem ter tido acompanhamento pré-natal.
Explicações - O Ministério Público, no entanto, cobra mais explicações e informou que, independente dos resultados das investigações, não descarta a possibilidade de pedir a abertura de inquérito policial.
Um nota divulgada pelo MP afirma que o promotor de Justiça da Infância e Juventude, Ernestino Roosevelt Silva Pantoja, ajuizou ação civil pública em 19 de março contra o governo do Pará e a Prefeitura de Belém, para denunciar as condições precárias da Santa Casa. O órgão reivindica a construção imediata de um hospital de referência materno-infantil.
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