O número de desaparecidos no naufrágio do barco Comandante Sales, no Rio Solimões, no interior do Amazonas pode chegar a 80 pessoas, informa esta segunda-feira O Estado de São Paulo. Já são confirmadas 15 pessoas mortas.
Parte dos passageiros foi salva por pescadores que passavam pela região em um barco a motor, outra pop policiais militares. No local, o Solimões tem 100 metros de profundidade. Corpos de vítimas foram encontrados a 30 quilômetros do local. A distância entre as margens é de 5 quilômetros. Até o fim da tarde de domingo, 20 pessoas se apresentaram a autoridades em Manacapuru (a 68 km de Manaus), se dizendo sobreviventes.
A tragédia ocorreu por volta de 5h50, 20 minutos depois que o barco deixou a comunidade Lago Pesqueiro com destino a Manacapuru. A viagem duraria 1h20. Segundo testemunhas e sobreviventes, o Comandante Sales estava superlotado. Chovia forte e as águas do rio eram agitadas por banzeiros (pequenas ondas) - que causaram o tombamento.
Os passageiros retornavam da Festa do Raimundo Souza, patrocinada por uma família tradicional da região sempre no dia 3 de maio. Cada um desembolsou R$ 5. Agentes das Polícias Civil e Militar do Amazonas informaram que mais de 120 pessoas estavam a bordo - a lotação é de 80.
Por causa da forte correnteza, o Comandante Sales foi amarrado a outras duas embarcações. À tarde, os bombeiros ainda decidiram montar uma barreira flutuante, com bóias e redes, na frente da comunidade Bela Vista, a 30 quilômetros do local do acidente, numa tentativa de evitar que os corpos desapareçam no Solimões.
E a equipe de resgate já sabe que terá muita dificuldade até para definir o número correto de passageiros que precisa resgatar. A tripulação não tinha lista de passageiros. As buscas foram suspensas às 20 horas e serão retomadas hoje.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter