Após a libertação dos reféns, Paulo César seguiu com o irmão para um pronto-socorro em uma viatura dos Bombeiros. A mulher e os dois filhos ainda não tinham saído da casa, passavam por um rápido atendimento médico e também seriam encaminhados a um hospital da região. Mesmo após a liberação dos reféns, a rua ainda era mantida fechada.
Policiais militares do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) assumiram as negociações à 1 hora desta quinta e isolaram a rua. Armado com uma faca, o homem mantinha a mulher e os dois filhos, um de 6 e outro de 11 anos, dentro de um banheiro da casa. Segundo informações do Gate, a condição para libertar a família era a chegada do irmão dele, que é sargento dos Bombeiros em Dracena.
Quando o irmão de Paulo César chegou ao local, o mecânico largou a faca de cozinha usada como arma e o abraçou. Ele não contou porque manteve a família refém, porém, de acordo com o capitão-comandante do Gate Adriano Giovaninni, Paulo César não chegou a ameaçar a família de morte.
A casa onde a família era feita refém fica nos fundos da oficina mecânica de Paulo César, que, segundo vizinhos, estaria passando por problemas financeiros e teria problemas nervosos. Na noite de quarta, ele teve um pico de estresse e, assustada, a família chamou o Centro de Apoio Psico-social (Capes) para tentar interná-lo. Se sentindo ameaçado, ele fez a família refém; com isso, a Polícia Militar foi chamada e chegou ao local por volta das 22h30.
Vizinhos de Paulo César contaram que ele é uma pessoa calma e educada, mas que teria passado por problemas nos últimos dias. Há três meses Paulo César perdeu o pai, vítima de câncer, de quem cuidava. Além disso, testemunhas afirmam que na semana passada ele teria se envolvido em uma discussão com pessoas que deviam dinheiro a ele e que teria sido agredido por policiais.
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