Daniel dos Santos, de 28 anos, linchado na tarde de terça-feira (1) por um grupo de 20-40 pessoas no bairro do Paquetá, em Santos, a 85 km de São Paulo, não era o estuprador e assassino da menina L.R.S., de 10 anos, violentada e morta em sua casa no último dia 26 de abril.
Policiais do 4º Distrito Policial confirmaram nesta quinta-feira (3) que o resultado do exame de DNA do sangue do rapaz executado comparado com o sêmen coletado no corpo da garota foi negativo.
Segundo revelou o delegado Flávio Máximo, titular do 4º Distrito Policial (DP), antes mesmo do assassinato da menina, o rapaz já havia sido jurado de morte pelos vizinhos, uma vez que praticava pequenos furtos e roubos na vizinhança para sustentar o vício do crack.
"Já haviam tentado matar o Daniel antes da morte da menina, mas não foi registrado boletim de ocorrência", disse o delegado. O ex-detento encontrava-se em liberdade havia cinco meses, depois de permanecer preso na Penitenciária de Lavínia (a 600 km de São Paulo), sob acusação de roubo e tráfico.
Após a morte da menina, estuprada e estrangulada com o fio de um carregador de celular, na sua própria casa, espalhou-se o boato na região de que Daniel era o responsável, embora uma das testemunhas não tenha reconhecido o rapaz como autor do crime. A informação de que o ex-presidiário poderia ter sido o responsável pelo brutal assassinato foi encaminhada no sábado ao 4º DP pelo Disque-Denúncia da Polícia Civil.
Os investigadores tentaram localizar o rapaz, que só foi encontrado na manhã de terça-feira, sendo levado a depor na delegacia, horas antes de ser linchado. Ele afirmou ao delegado que não foi ele quem matou e estuprou a menina. Paralelamente, a Polícia busca localizar os responsáveis pelo linchamento de Daniel.
Fonte G-1
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