Uma descoberta impressionante está chamando a atenção do mundo científico: paleontólogos chineses encontraram o fóssil de um réptil marinho pré-histórico com estruturas semelhantes a "asas de morcego". O animal viveu há cerca de 240 milhões de anos e apresenta uma morfologia única entre os répteis aquáticos conhecidos.
Segundo relatos da imprensa internacional, a criatura foi encontrada na província de Guizhou, na China, e recebeu o nome de Prosaurosphargis yingzishanensis. Sua característica mais marcante são os membros anteriores adaptados com membranas que lembram asas de morcego — algo inédito entre répteis marinhos fossilizados.
Essas estruturas indicam que o animal poderia ter nadado de forma semelhante a pinguins ou arraias, usando movimentos amplos das "asas" para impulsão. Essa descoberta coloca em xeque teorias anteriores sobre os padrões evolutivos de locomoção entre répteis marinhos do período Triássico.
Os pesquisadores destacam que o fóssil está excepcionalmente bem preservado, o que permitiu identificar não apenas a estrutura óssea, mas também possíveis vestígios de tecidos moles fossilizados. Isso oferece uma rara oportunidade de estudar os detalhes da anatomia desses animais enigmáticos.
De acordo com os cientistas, o Prosaurosphargis provavelmente era um predador de pequeno porte, alimentando-se de peixes e moluscos. Seu corpo achatado e as membranas alares indicam adaptação à vida totalmente aquática, com pouca ou nenhuma mobilidade terrestre.
Embora não seja o primeiro fóssil de réptil com adaptações incomuns encontrado na China, este se destaca pela originalidade e pelo nível de preservação. Especialistas sugerem que novas escavações na região podem revelar mais espécies com características igualmente surpreendentes.
A descoberta reforça a ideia de que a biodiversidade marinha no período Triássico era muito mais rica e variada do que se imaginava. As diferentes formas de locomoção e estratégias adaptativas mostram como a vida marinha experimentou caminhos evolutivos criativos após a maior extinção em massa da história da Terra.
Curiosamente, as "asas" membranosas também levantam hipóteses sobre convergência evolutiva — o fenômeno em que espécies diferentes desenvolvem estruturas semelhantes para funções parecidas, como acontece com morcegos, aves e agora este misterioso réptil marinho do passado.
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