Você já imaginou que a existência da Terra pode depender diretamente de Júpiter? Segundo uma nova hipótese científica, o maior planeta do nosso Sistema Solar teve um papel fundamental na formação da Terra — e talvez até na origem da vida.
Durante os primeiros milhões de anos do Sistema Solar, Júpiter teria migrado em direção ao Sol e depois recuado. Esses movimentos massivos, conhecidos como Grand Tack, teriam reorganizado o disco de gás e poeira cósmica em torno do Sol. Isso criou zonas de estabilidade onde planetas rochosos, como a Terra, puderam se formar.
Segundo os pesquisadores, sem essa dança gravitacional de Júpiter, a Terra talvez nunca tivesse surgido. Ele teria atuado como um “escultor gravitacional”, removendo material perigoso e moldando o ambiente ideal para o nascimento do nosso planeta.
Além disso, Júpiter pode ter funcionado como um escudo natural. Sua imensa gravidade desviaria asteroides e cometas que, de outra forma, poderiam colidir com planetas internos como a Terra. Esse papel protetor teria reduzido o número de impactos devastadores, aumentando as chances do surgimento e permanência da vida.
Se Júpiter tivesse migrado mais perto do Sol, como ocorre em muitos sistemas planetários, ele teria destruído as chances de formação da Terra. Felizmente, parou na hora certa — e isso mudou tudo.
Essa nova visão não só transforma nosso entendimento sobre a origem da Terra, como também ajuda a definir o que procurar em sistemas planetários distantes. Se planetas gigantes como Júpiter forem comuns e estiverem nas posições certas, pode haver muitos mundos habitáveis esperando ser descobertos.
Aliás, o nome da teoria — Grand Tack — vem da manobra de um barco a vela. E talvez essa manobra cósmica tenha sido o que salvou a nossa própria existência.
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