O Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), apresentou esta semana o primeiro chip 100% brasileiro para rastreabilidade bovina. Segundo o ministério, o aparelho foi desenvolvido pelo Ceitec com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pretende consolidar o Brasil como maior exportador mundial de carne bovina. Este ano, o país chegou a ter o produto embargado pela União Européia por falhas no sistema de rastreabilidade.
A identificação eletrônica possibilita o acompanhamento de informações genéticas, zootécnicas e sanitárias de cada animal, desde o nascimento até o abate. O chip nacional deve ter o preço como grande diferencial aos pecuaristas, na medida em que eliminará o pagamento da validação no exterior e de royalties.
Dados do Ministério da Agricultura contabilizam em aproximadamente 210 milhões de cabeças o rebanho bovino nacional, considerado o maior do mundo. As exportações do setor chegam a R$ 2,5 bilhões. A nova tecnologia pode contribuir para que a credibilidade e a competitividade do produto brasileiro aumentem e, conseqüentemente, as vendas externas.
O ministério estima ainda que até o início do próximo ano os primeiros chips já estejam no mercado. Este é o primeiro dispositivo de uma linha completa de produtos de rastreabilidade animal chamados de ATD (Animal Tracking Device). Posteriormente, deverão ser desenvolvidos também chips para as cadeias de suínos e aves. A capacidade de fabricação da Ceitec, localizada em Porto Alegre, é de 1 milhão de chips por ano.
Agência Brasil
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter