A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro confirmou na quinta-feira a 30ª morte por dengue na cidade, depois que uma adolescente de 14 anos foi vítima da forma hemorrágica da doença. Apenas ontem, foram registrados 2.053 novos casos na capital fluminense. Desde o início do ano, mais de 23 mil pessoas contraíram dengue, segundo o portal Terra.
Ontem, o secretário estadual de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes afirmou que abriu dez leitos de tratamento intensivo no setor de pediatria do Hospital Pedro II, em Santa Cruz, e prometeu abrir mais 80 leitos de enfermaria no Hospital Anchieta, no Caju. O Estado vai criar ainda telefone 0800 para denúncias sobre focos, além de disponibilizar 30 carros-fumacê para a cidade.
O secretário lembrou que as tendas receberão pacientes referenciados, de unidades que fazem parte da Central de Regulação de Leitos. "As tendas começam a ser montadas no fim de semana. Serão climatizadas e terão até 80 poltronas. Ambulâncias e vans transportarão os pacientes que precisam de hidratação, mas não de internação, dos hospitais até as tendas para receber soro. Isso vai evitar mortes", garantiu.
Especialista em dengue, o epidemiologista do Núcleo de Saúde Coletiva da UFRJ Roberto Medronho afirma que a hidratação é fundamental na redução da mortalidade. "O tolerado é que até 1% dos casos graves resultem em morte. No Rio, esse índice é maior do que 14%. As tendas terão impacto na redução da mortalidade", disse.
Os principais hospitais continuam se dedicando principalmente a pacientes com dengue. No Hospital Rafael de Paula e Souza, em Jacarepaguá, uma placa informava na quinta-feira que várias consultas de especialidades importantes, inclusive cardiologia, estavam suspensas para priorizar a dengue.
Na segunda-feira, a secretaria municipal enviará comunicado a escolas pedindo que professores recomendem calça, meias e sapatos aos estudantes, já que o mosquito pica principalmente nas pernas.
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