O bispo do Vaticano Elio Sgreccia, presidente da Academia Pontifical para a Vida, comemorou ontem (21) a nova alternativa de pesquisa para a criação de células-tronco, a partir da pele, anunciada por cientistas japoneses e americanos, que "não parece colocar problemas éticos", ao contrário da pesquisa sobre o embrião.
"A nova pesquisa que se apresenta não parece levantar problemas éticos", declarou o monsenhor à agência de notícias religiosas I-Media. A Igreja Católica "não se preocupa com processos técnicos, ela destaca apenas se um procedimento lesa ou não a dignidade humana. De resto, a ciência tem a liberdade de pesquisar", acrescentou Sgreccia.
É em nome do princípio do respeito da dignidade humana que a Igreja "sempre sustentou a ilegitimidade da clonagem humana e combateu a destruição de células-tronco embrionárias", lembrou o prelado. "Não podemos salvar a vida de uma pessoa matando outra. Isso é maquiavelismo ético", frisou.
Segundo o monsenhor Sgreccia, o pesquisador japonês Shinya Yamanaka, cuja equipe conseguiu criar células-tronco a partir de 5 mil células, "participou no ano passado dos trabalhos da Academia para a Vida, aqui, no Vaticano". "No momento atual, tomamos seu processo como lícito, sob reserva de verificações posteriores", afirmou Sgreccia.
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