Moscovo não vai utilizar suas reservas energéticas como instrumento de pressão na sua política externa, disse o presidente russo Vladimir Puin hoje na sua comitiva de imprensa no Kremlin.
«Procura-se impor a tese de que a Rússia emprega as alavancas económicas para conseguir os seus objectivos na sua política externa, mas isso não é verdade», afirmou Putin.
O Presidente russo começou por chamar a atenção para os êxitos da economia russa em 2006, considerando-o «o ano de transição da política de estabilização e poupança para a política de desenvolvimento», e anunciou que no ano passado, o PIB russo cresceu 6,7-6,9 por cento e a inflação desceu para 9 por cento.
Em relação à política energética, Putin defendeu a subida dos preços dos hidrocarbonetos a fornecer aos Estados vizinhos do antigo espaço soviético, que provocou conflitos financeiros que chegaram a prejudicar os fornecimentos de gás e petróleo à Europa.
«A Rússia cumpriu e cumprirá em plena medida os seus compromissos, mas não tem de subsidiar as economias de outros países em volumes comparáveis com os seus orçamentos», frisou o chefe do Kremlin.
Comentando os conflitos com a Bielorússia e a Ucrânia sobre o trânsito do gás e petróleo para a Europa, Putin garantiu que nos acordos com os países de trânsito, Moscovo procura apenas «garantir os interesses» dos seus clientes e dos consumidores.
Vladimir Putin considerou «interessante» a ideia de criar uma organização de países produtores e exportadores de gás, análoga à OPEP, precisando que «não se trata de criar uma espécie de cartel, mas de um organismo que coordene a actividade dos países exportadores de gás».
Portugal Diário
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