O Kremlin não está preocupado com a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de prender o presidente russo Vladimir Putin, Dmitry Peskov, o porta-voz oficial de Putin disse aos repórteres na segunda-feira, 20 de março, informou a RIA Novosti.
"Temos visto tantas manifestações abertamente hostis em relação tanto ao nosso país quanto ao nosso presidente no mundo <...> Se tomarmos cada uma dessas decisões hostis de coração, nada de bom sairá dele. Nós vamos com calma. Tomamos nota de tudo. Continuamos trabalhando, o presidente continua trabalhando também", disse Peskov.
Em 17 de março, a ICC emitiu mandados de "prisão" de Vladimir Putin e da Comissária Presidencial para os Direitos da Criança Maria Lvova-Belova. A decisão foi tomada contra o pano de fundo da crise na Ucrânia. Segundo a ICC, Putin e Lvova-Belova são responsáveis por um crime de guerra no qual a população (crianças) foi deportada ilegalmente dos territórios ocupados da Ucrânia para a Rússia".
Maria Zakharova, representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, disse mais tarde que Moscou não estava dando nenhuma importância às decisões da ICC. A Rússia não é parte do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, acrescentou Zakharova.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chamou a decisão do TPI de "uma conquista legal internacional significativa para a Ucrânia". O Presidente dos EUA Joe Biden considerou a decisão justificada.
O procurador-chefe da ICC, Karim Khan, disse que o mandado do tribunal era lamentável e não deveria ser usado como motivo de comemoração. Ele também ressaltou que o tribunal não tinha escolha. "As provas nos fizeram agir dessa forma", disse ele.
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