Após uma semana de votação em todo o país, os argentinos concluíram ontem a consulta popular sobre a Área de Livre Comércio das Américas (Alca), a dívida externa e a militarização do continente. As seis mil mesas instaladas em todo país para a emissão do voto encerraram a jornada nesta quarta e, segundo os organizadores, a quantidade de votantes deve estar perto de dois milhões. Qualquer cidadão pôde participar da consulta, contanto que apresentasse um documento de identidade.
A ação foi impulsionada pela mobilização Não a Alca, que reúne centenas de organizações sociais, políticas, sindicais, estudantis e de todo tipo, incluindo personalidades como o Prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel.
A consulta consiste em responder a três perguntas: se aceita o ingresso do país a Alca; se aceita continuar pagando a dívida externa; e se permite a entrada no território nacional de militares dos Estados Unidos para bases ou exercícios conjuntos.
Desde a quarta passada, Buenos Aires e outras cidades do país estão repletas de mesas de votação em parques, estádios, escolas e vias públicas. Na noite da segunda passada, o número de votantes superava um milhão e meio. E segundo os organizadores, a meta traçada no início do pleito de dois milhões será atingida.
A realização da consulta nacional foi acordada em abril passado pela Segunda Assembléia Nacional de Luta contra a Alca e integra o movimento que se estruturou com esse objetivo a nível latino-americano.
Com Prensa Latina
Diário Vermelho
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