UE elogia iniciativa de pôr armas sírias sob controle internacional

Bruxelas, (Prensa Latina) A alta representante da União Europeia (UE) para Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Catherine Ashton, cumprimentou nesta terça (10) a iniciativa russa de que o governo sírio ponha sob controle internacional seu arsenal de armas químicas.

Considera que esta iniciativa pode contribuir para retomar os esforços dirigidos a encontrar uma solução política ao conflito sírio, o que deve ser aproveitado pela comunidade internacional.

A Rússia revelou ontem sua proposta de que Damasco ponha sob controle internacional seu arsenal de armas químicas, a qual foi aceita de imediato pelo governo sírio, quando potências ocidentais manobram para promover uma intervenção militar contra aquele país do Levante.

Nações como Estados Unidos, França e Reino Unido protagonizam a campanha belicista, com o pretexto de que as autoridades sírias supostamente realizaram um ataque químico contra a população, uma acusação lançada por grupos armados que tentam derrocar o presidente Bashar Al-Assad.

No entanto, informações de Damasco indicam justamente o contrário, pois várias testemunhas dos fatos afirmam que os autores do massacre químico foram os grupos, os quais conseguiram estas armas através do príncipe saudita Bandar bin Sultan.

Estas versões confirmam a postura assumida por Al-Assad, que considerou um absurdo as acusações contra seu governo e assegurou que se trata de manobras para tentar desviar a atenção dos triunfos do Exército, o qual conseguiu um avanço importante sobre os grupos mercenários financiados com recursos vindo do exterior.

Os pronunciamentos conciliadores realizados hoje por Ashton contrastam com os emitidos no sábado passado, quando assumiu uma postura mais agressiva ao pedir "uma resposta internacional clara e contundente" contra Damasco pelo suposto uso de armas químicas.

Depois de uma reunião dos chanceleres da UE com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, a chefa da diplomacia europeia expressou o respaldo a Washington em sua intenção de realizar ações contra a Síria, mas assinalou a necessidade de esperar as conclusões de uma equipe das Nações Unidas que investiga o tema.

Segundo informações da imprensa, laboratórios de vários países europeus, como Suécia e Alemanha, examinam as amostras recolhidas por inspetores da ONU naquele país do Oriente Médio, um processo que deve se estender por umas duas semanas.

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